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O presente de Gleisi, a chefe do PT, a Jair Bolsonaro

Presidente nacional do petismo, deputada apaga o petrolão: 'Não concordo que houve corrupção na Petrobras durante os governos do PT'

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 abr 2021, 15h17 - Publicado em 26 abr 2021, 15h16

No fim de semana, Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do PT, deu uma entrevista ao jornal O Globo em que produziu a seguinte frase: “Não concordo que houve corrupção na Petrobras durante os governos do PT”.

Jair Bolsonaro não poderia ter recebido presente melhor. Tratar com desprezo a inteligência do brasileiro, torcendo os fatos ou mesmo levando o debate para uma realidade paralela — e favorável — foi um método no derradeiro governo petista de Dilma Rousseff. Gleisi fez parte dessa “obra” interrompida pelo impeachment.

No momento em que o país busca alternativas ao governo Bolsonaro, desconhecer os crimes do partido que comanda e de seus correligionários confirma a opção do PT por viver na mentira — e o Planalto, segundo auxiliares presidenciais, agradece. Lula conquistou no STF o direito de legitimar seu discurso de vítima de uma conspiração da Justiça com o Ministério Público para tirá-lo da política.

Não conseguirá apagar, porém, os fatos descobertos pela Lava-Jato. Ao longo dos governos do PT, foram três os tesoureiros presos por corrupção: Delúbio Soares, João Vaccari Neto e Paulo Ferreira. Todos metidos no mesmo método de desvio de recursos públicos para o caixa partidário. Do mensalão ao petrolão, passando por uma série de escândalos satélites em ministérios — quem lembra de Rose Noronha? –, o partido lançou o país no colo de Bolsonaro.

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Dos aliados do PT que estiveram na Petrobras, um território segundo Gleisi, livre de corrupção nos anos petistas, Renato Duque — aquele que tirou até foto com Dilma Rousseff no Planalto — devolveu 20 milhões de euros escondidos no exterior, uma partícula da propina que ajudou a desviar para Vaccari e para outros integrantes do esquema.

O auxiliar de Duque, Pedro Barusco, gerente de Serviços da estatal nos anos “sem corrupção” de PT na Petrobras, devolveu quase 100 milhões de dólares desviados da estatal. Foram muitos os empreiteiros que delataram pagamentos de comissão ao petismo em troca de contratos e aditivos na Petrobras.

Os “consultores” petistas José Dirceu e Antonio Palocci fizeram fortuna nesse ramo e em outros setores do empresariado que desfrutava das boas relações com o petismo. Delcídio do Amaral, outro cacique petista, delatou as falcatruas do partido.

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Graças ao trabalho da PGR e do próprio STF, o país até hoje não tomou conhecimento do que foi feito da delação de Léo Pinheiro, o chefão da OAS que delatou diferentes crimes relacionados ao partido, Lula e a Petrobras.

Gleisi, claro, sabe de todos esses fatos. Negar a corrupção do partido é um sinal claro de que a sigla não está disposta a mudar. Se fez tudo certo no governo, nada justifica que faça diferente uma vez instalado no Planalto novamente. É esse o presente que Gleisi deu a Bolsonaro.

A resposta dela ao jornal termina assim: “Os outros governos também podem ter tido problema. E acho que tiveram. O importante é que cada um que cometeu um malfeito, comprovado o crime, tem que pagar por ele. O que não pode é uma campanha sistemática contra um partido”.

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