O Plano de Alcolumbre para eleger Pacheco presidente do Senado
Chefe do Parlamento, segundo senadores ouvidos pelo Radar, já desenhou o mapa de comando de algumas comissões importantes da Casa

É cada vez mais delicada a situação do MDB na disputa pelo comando do Senado. Davi Alcolumbre, anabolizado pelo apoio de Jair Bolsonaro, fez avanços significativos nos últimos dias para consolidar a candidatura de Rodrigo Pacheco ao comando da Casa.
Em uma conversa com um cacique partidário, disse estar a caminho dos 60 votos e não escondeu a matéria-prima do sucesso. Ele tem meios para atender pleitos dos colegas. Basta que o senador ou o líder de bancada apresente as demandas.
Para além desse poder, que não é pouco, Alcolumbre também joga com o medo de isolamento dos partidos dentro do Senado. Afinal, quem negocia mal nessa época de sucessão, costuma passar os dois anos seguintes na geladeira, sem comissões importantes, relatorias ou estrutura de destaque.
É nessa tocada que Alcolumbre, segundo senadores ouvidos pelo Radar, já desenhou o mapa de comando de algumas comissões importantes da Casa.
No atual estágio – afinal tudo sempre pode mudar nesse tipo de disputa –, o PSD de Gilberto Kassab ficaria com as poderosas Comissão de Constituição e Justiça e Comissão de Assuntos Econômicos, por exemplo.
A senadora Katia Abreu assumiria na cota do PP a Comissão de Relações Exteriores enquanto o PT levaria a Comissão de Assuntos Sociais.
O Podemos, se topar pular no barco, poderia ficar com a Comissão de Educação. O DEM até liberaria também a Comissão de Infraestrutura, caso o partido viesse para o lado de Pacheco.
E ainda há, claro, as posições na Mesa, que operam como uma espécie de prefeitura do Parlamento, com verbas e cargos para todos os gostos.