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O impacto da pandemia na telemedicina do Hospital Albert Einstein

Atendimento de pacientes de forma remota teve salto de 1.758% em quatro meses.

Por Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 set 2020, 18h32

Desde o começo da crise sanitária do novo coronavírus, o Ministério da Saúde flexibilizou a regulamentação para o atendimento de pacientes de forma remota. A mudança fez o serviço de telemedicina do Hospital Albert Einstein passar de 1,2 mil atendimentos em fevereiro para 7,9 mil em março, 16,5 mil em abril e 22,3 mil em maio – um salto de 1.758% em quatro meses. Em junho, com a estabilização da crise, foram 18,8 mil atendimentos.

No início da pandemia, a maior parte dos chamados era de pacientes com sintomas associados à Covid-19. A partir de abril, outras queixas começaram a surgir, desde as mais corriqueiras, como dor nas costas, até outras mais graves que acabaram sendo diagnosticadas, por meio da telemedicina, como sepse e infarto, com alguns casos encaminhados ao atendimento no hospital.

Atualmente, o serviço de telemedicina do Einstein tem uma base de quase 1,6 milhão de usuários de 1,2 mil cidades em todo o Brasil, além de brasileiros que se encontram em viagem em mais de 20 países. Este e outros avanços devem seguir mesmo quando a situação melhorar, de acordo com especialistas. “A tecnologia é um passo irreversível na escalada da evolução da medicina mundial”, argumenta o médico Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein.

Klajner participará de debate sobre o tema no dia 8 de setembro durante o Painel TeleBrasil 2020, evento virtual sobre conectividade que contará com a participação de autoridades públicas, empresas de telecom e outros setores. “A pandemia consolidou o papel essencial da conectividade em diversos setores, como na medicina, e a coloca na linha de frente da recuperação social e econômica nos próximos anos”, afirma Marcos Ferrari, presidente da Sinditelebrasil, associação que reúne grandes empresas de telecom no país.

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