Na mira da CPI, Precisa pede uso emergencial da Covaxin à Anvisa
Empresa apresentou a documentação sobre a vacina indiana na manhã desta terça-feira
Alvo de investigação da CPI da Pandemia, a Precisa Medicamentos apresentou na manhã desta terça-feira à Anvisa o pedido de uso emergencial em caráter experimental da vacina indiana Covaxin. A agência informou que já iniciou a triagem dos documentos presentes no pedido.
No dia 25 de fevereiro desse ano, o Ministério da Saúde assinou contrato para comprar 20 milhões de doses do imunizante por 1,6 bilhões de reais. A Precisa é a representante brasileira da fabricante Bharat Biotech, da Índia.
Na ocasião, o governo Bolsonaro anunciou que as primeiras 8 milhões de doses da vacina deveriam começar a chegar já em março. Em abril, o Brasil receberia outras 8 milhões de doses. E em maio, as últimas 4 milhões.
Até hoje, nenhuma delas chegou, já que o pedido de autorização do uso do imunizante só foi apresentado um mês depois que a última deveria ter sido entregue.
Na quinta-feira, o representante da Precisa, Francisco Maximiano, deve depor à CPI no Senado. A investigação aponta indícios de corrupção no processo de aquisição da vacina, como apontou o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda.
O presidente Jair Bolsonaro é acusado de ter sido alertado pelos irmãos Miranda sobre as suspeitas e cometido o crime de prevaricação. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, e os senadores Jorge Kajuru e Fabiano Contarato protocolaram nesta segunda-feira no STF uma notícia-crime contra Bolsonaro.