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Mourão não sabe diferença entre ditadura e democracia, diz filho de Jango

João Vicente Goulart reage a postagem do vice-presidente, que enalteceu o golpe militar

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 mar 2020, 16h36

A manifestação do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, de que o golpe de 1964 foi uma intervenção para combater a “desordem, a subversão e a  corrupção”, não ficou sem resposta de familiares do ex-presidente João Goulart, deposto pelos militares.

João Vicente Goulart, filho de Jango, reagiu à postagem de Mourão e a classificou como “inoportuna” e afirmou que o militar ainda não deixou os quartéis. Para João Vicente, o general, com essa declaração, age como parte da “gorilagem de 64”.

“Parece que o general Mourão ainda não saiu dos quartéis ou não entendeu a diferença da ditadura que defende com a democracia. Aliás ele, principalmente, deveria estar raciocinando como vice-presidente eleito, e não como parte da gorilagem de 1964, que derrubou um presidente constitucional, através de um golpe de estado, e que ainda por cima ironicamente chamaram de revolução”, disse João Vicente ao Radar.

O filho de Jango diz que caso Mourão tenha que assumir a Presidência da República numa eventual “mudança institucional” terá que dialogar com forças políticas diversas.

“Não está na hora de acirrar os ânimos históricos. Está na hora do General, mostrar a estas forças variadas, que teria condições de dialogar em nome da democracia. Mas lamentavelmente, vemos que não se constroem ‘Lotts’ como antigamente”, se referindo ao Marechal Henrique Lott, um militar legalista que atuou na política na segunda metade do século passado.

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João Vicente também criticou da Ordem do Dia do Ministério da Defesa para esse 31 de março, classificado como um “marco para a democracia”. Rebateu:

“Foi o marco, sim, para a instalação da ditadura, para a barbárie da tortura, para as cassações de mandatos designados pelo povo, para as perseguições e prisões por crime de opinião, para desaparecimento e sequestro de pessoas que se encontravam sob a tutela do Estado, para a instalação da censura, para a corrupção sem o noticiamento devido a opinião publica, para o banimento e exílio de brasileiros, para o fechamento do Congresso Nacional, para a cassação de Ministros do Supremo Tribunal Federal, para todo tipo de arbítrio que a prepotência dos canhões e botinas, permitem quando não se tem que prestar contas”.

 

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