Missa pela ditadura tem generais, viúva de Ustra e críticas a Caetano
Canção "É proibido proibir" é alvo da homilia do bispo; Joseita Ustra foi assediada por admiradores de seu marido
Uma missa realizada na noite deste 31 de março, ontem, em celebração ao golpe militar contou com as presença de três generais, de Joseita Brilhante Ustra – viúva do coronel Brilhante Ustra – e sobrou para Caetano Veloso na homilia do bispo dom José Francisco Falcão, da Arquidiocese Militar.
Joseita foi assediada pelos presentes no início e no final da missa. Fez elogios ao governo Bolsonaro em uma dessas conversas.
“Ele está indo muito bem”.
Estavam presentes os generais Paulo Chagas (que disputou o governo do Distrito Federal), Rocha Paiva (que foi amigo de Ustra e integra a Comissão de Anistia) e o deputado federal do PSL general Eliéser Girão (RN). Algumas pessoas foram de verde e amarelo.
Ao tratar de disciplina e hierarquia o bispo disse que até mesmo as liberdades têm suas restrições. E citou uma canção de Caetano Veloso, “É proibido proibir”.
“E tem um imbecil que nos anos 70 cantou que é proibido proibir. Gostaria de dar veneno de rato para ele.”
No final, o bispo chamou ao altar os oficiais que obtiveram promoção ontem. A missa foi na Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo, em Brasília.