Fux diz à CPI que diretora tem que responder questões que não a incriminem
Aconselhada por advogado, a diretora pode até ser presa se seguir no caminho visto mais cedo na comissão

Ainda não está no papel — a decisão só deve chegar no fim da tarde –, mas o presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse ao chefe da CPI da Pandemia, Omar Aziz, que Emaunela Medrades, a diretora da Precisa, não está liberada para se recusar a responder questões sobre terceiros na comissão.
O habeas corpus da Corte só prevê o direito ao silêncio em questões que claramente possam incriminá-la na trama da suposta compra superfaturada de vacinas Covaxin, intermediadas junto ao governo pela empresa.
Mais cedo, a diretora se recusou a falar de questões básicas, como a situação funcional dela na empresa ou se mantém outras atividades de trabalho. Com a resposta formal de Fux, a CPI deve retomar o depoimento da diretora amparada por uma decisão que abrirá caminho para uma nova prisão, caso a diretora siga desrespeitando as determinações judiciais.