Em sigilo, Arthur Lira costurou acordo para que Bolsonaro modere falas
'Sempre que o senhor ataca, tendo razão ou não, o principal prejudicado é o senhor', disse o deputado ao presidente, segundo interlocutores
No domingo passado, depois das grosserias disparadas por Jair Bolsonaro contra o presidente do TSE, ministro Luis Roberto
Barroso, o chefe da Câmara, Arthur Lira, foi ao Palácio da Alvorada em missão de paz.
Auxiliares de Bolsonaro, que tiveram acesso ao que foi conversado, dizem que o deputado buscou mostrar ao presidente como as falas dele prejudicavam apenas o próprio governo. “Sempre que o senhor ataca, tendo razão ou não, o principal prejudicado é o senhor”, disse Lira a Bolsonaro.
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O presidente da Câmara é, no momento, a autoridade mais próxima de Bolsonaro no Planalto. O presidente até se dá bem com Luiz Fux, o chefe do Supremo, mas não há a intimidade política para conversas. O mesmo ocorre com Rodrigo Pacheco, visto no Planalto como concorrente direto de Bolsonaro.