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Corrupção do líder do governo tinha até cheque-propina, diz PF

'Beneficiários dos cheques eram políticos de cidades do sertão pernambucano pertencentes ao curral eleitoral de Fernando Bezerra', diz PF

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jun 2021, 19h23 - Publicado em 8 jun 2021, 19h19

No material enviado ao STF nesta segunda, a Polícia Federal lista uma série de evidências que mostram como o líder do governo de Jair Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho, recebia propina e negociava compra de apoios políticos no estado com o dinheiro sujo de empreiteiras envolvidas em obras da transposição do Rio São Francisco.

Hoje aliado de primeira hora de Bolsonaro, Bezerra era ministro de Dilma Rousseff quando o esquema de corrupção vigorou no Ministério do Desenvolvimento Regional, dizem os investigadores. Bezerra nega as acusações.

Além de chegar a operadores e empresários que admitiram o esquema em detalhes, estimando a propina paga ao aliado de Bolsonaro em 10 milhões de reais, os  investigadores conseguiram obter até cheques usados pelo esquema do cacique pernambucano para comprar apoio político de aliados em 2014.

Lyra fechou delação e revelou em detalhes como se davam os pagamentos ordenados pelo atual líder do governo. O dinheiro sujo era transferido, segundo ele, a partir de supostos empréstimos com empresários do esquema, como admitiu Lyra em sua delação premiada.

“Em agosto de 2014, Iran Padilha (ligado a Bezerra) procurou o colaborador e disse que Fernando Bezerra Coelho estava precisando de dinheiro para a campanha ao Senado. O colaborador falou que tinha disponibilidade de emprestar R$
100.000 reais a Fernando Bezerra Coelho. O empréstimo foi feito. Na época, o colaborador não tinha como disponibilizar os valores em espécie e, por isso, o colaborador emitiu seis cheques da sua conta pessoal”, diz Lyra.

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“Observamos que, tal qual se sucedeu com os empréstimos de valores realizados em 2012 (explicitados no tópico V.LI desta peça), os beneficiários dos cheques em tela, em sua maioria, ou eram políticos de cidades do sertão pernambucano, pertencentes ao curral eleitoral de Fernando Bezerra Coelho – acreditando-se, assim, que os recursos seriam destinados à compra de apoio político – ou se tratam de possíveis fornecedores de campanha”, diz a PF.

O delator entregou os cheques, sendo um deles de 5.000 reais pago a um político pernambucano que era apoiador de Bezerra no PSB. “Assim, não tendo apresentado qualquer justificativa para o recebimento do crédito oriundo de João Carlos Lyra, sendo certo, por outro lado, que eles não fizeram qualquer negócio jurídico e que o favorecido e sua família eram políticos vinculados ao Partido Socialista Brasileiro à época (o mesmo dos parlamentares investigados), sendo, inclusive, apoiadores políticos dos mesmos, ganha força a tese apresentada pelo colaborador no sentido de que o crédito em tela fora decorrente de
empréstimo conferido aos parlamentares… destinado ao referido favorecido como o propósito de comprar o apoio político dos mesmos às campanhas eleitorais para os quais Fernando Bezerra Coelho e Fernando Filho estavam se lançando naquele ano”, diz a PF em outro trecho.

 

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