Chefe do MST vê Bolsonaro a caminho do isolamento na América Latina
Eleições nos países vizinhos vão devolver o poder a forças de esquerda, avalia o chefe do exército imaginário de Lula
João Pedro Stedile, o comandante do MST, está animado com o futuro eleitoral da esquerda em 2021.
O chefe do exército imaginário que livraria Lula da prisão na Lava-Jato faz previsões de avanço das “forças progressistas” no Peru, no Equador e no Chile, países vizinhos onde haverá eleições nesse ano.
“Já começaram a soprar os ventos favoráveis dos Andes”, diz Stedile num texto publicado no site do MST.
Para Stedile, o futuro de Jair Bolsonaro é terminar isolado como representante da direita, num fim de mandato fragilizado pelo retorno das mobilizações do MST.
“Vamos ter eleições em fevereiro no Equador, depois no Peru e depois no Chile. As forças progressistas vão ganhar essas três eleições, e isso vai então alterar a correlação de forças na América Latina. Praticamente vai ficar apenas o Brasil como um governo direitista”, diz Stedile.
Para o líder do MST, com o avanço da vacina, os militantes do movimento poderão retomar os grandes atos públicos que irão, nas palavras dele, “mudar a correlação de forças na luta de classes” no país: “Estou confiante que assim que conseguirmos universalizar o acesso à vacina, isso vai nos dando capacidade e espaço para mobilizar, fazer lutas de massas, alterar a correlação de forças.”