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Carnaval do PT baiano terá bloco dos delatores na Lava-Jato

Empresário suspeito de operar propinas milionárias ao partido teve delação homologada em Curitiba

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jan 2020, 11h12 - Publicado em 14 jan 2020, 10h32

Como o Radar revelou há duas semanas, a Lava-Jato entrou 2020 disposta a implodir os esquemas milionários de corrupção do PT da Bahia na Petrobras. É coisa dos tempos da construção da famosa Torre Pituba, a sede da estatal em Salvador citada em seguidas delações como um poço de exploração de propinas do PT de Jaques Wagner e Rui Costa.

Documentos da Lava-Jato obtidos pelo Radar mostram que o empresário Mário Seabra Suarez, irmão de Carlos Seabra Suarez, um dos fundadores da OAS, teve sua delação homologada pelo juiz Luiz Antônio Bonat, em Curitiba.

Em novembro de 2018, a 56a fase da Lava-Jato mirou a roubalheira na obra que teria rendido pelo menos 68 milhões de reais em propina ao PT. “As investigações demonstram que todo o procedimento de contratação da construção das edificações destinadas à instalação da nova sede da PETROBRAS na Bahia, assim como os precedentes contratos de gerenciamento da construção e de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia foram direcionados para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da PETROBRAS, o Partido dos Trabalhadores e dirigentes da PETROS, além de terceiros com eles conluiados, em detrimento da estatal e da própria PETROS, que é mantida também com recursos da patrocinadora PETROBRAS”, anotou a Lava-Jato na ocasião.

Suarez chegou a ser preso, mas o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, mandou soltá-lo três meses mais tarde por entender que os fatos investigados aconteceram em 2016, “sem a contemporaneidade necessária para decretação da prisão preventiva”.

Segundo a Lava Jato, o superfaturamento que irrigou os cofres petistas se deu a partir do Fundo Petrobras de Seguridade Social (Petros). Suarez “desempenhou um papel central na arquitetura delitiva”, atuando “decisivamente para a corrupção de funcionários públicos e a distribuição de vantagens indevidas, parte significativa das quais prestou-se ao seu próprio enriquecimento ilícito”.

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A investigação afirma que Mário Suarez era um dos responsáveis por coordenar o recebimento de valores ilícitos de construtoras e distribuir a propina.

Nos documentos obtidos pelo Radar, fica claro que, além de Suarez, o filho dele Alexandre Andrade Suarez e Marcos Felipe Mendes Pinto, filho do sócio de Suarez, também fecharam delação. “Os referidos acordos de colaboração foram objeto de muito recente homologação por esse MM. Juízo da 13ª Vara Federal Criminal”, escreve a Lava-Jato.

“Esclarece-se, por oportuno, o Ministério Público Federal, com apoio nos artigos 4º e seguintes da Lei nº 12.850/2013, celebrou acordos de colaboração premiada com os réus MARIO SEABRA SUAREZ, ALEXANDRE ANDRADE SUAREZ e MARCOS FELIPE MENDES PINTO, com a finalidade de obtenção de elementos de provas no interesse da instrução das investigações decorrentes da Operação Lava Jato, sobretudo para o desvelamento de
agentes e partícipes responsáveis, estrutura hierárquica, divisão de tarefas e crimes praticados pelas organizações criminosas que operam – ou operaram – no seio da companhia Petróleo Brasileiro S/A e de outras entidades”, escreve o MPF.

“Em decorrência do acordo, os colaboradores, renunciando à garantia contra a autoincriminação e ao direito ao silêncio, comprometeram-se a falar a verdade sobre todos os fatos sob seu conhecimento, incluídos aqueles objeto de persecução nos autos da presente ação penal”, segue o documento.

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