Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Radar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Pedro Pupulim. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Bolsonaro busca trégua com o STF, após advertência de Celso de Mello

Presidente sinalizou que deixará de alimentar os atos golpistas que patrocinam um novo golpe militar no país

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jun 2020, 13h41 - Publicado em 3 jun 2020, 13h06

Principal animador dos movimentos golpistas de fim de semana – se o presidente ignorasse os aloprados na Praça dos Três Poderes, ninguém se reuniria lá para pregar o fechamento do STF e do Congresso –, Jair Bolsonaro reforçou a escalada autoritária ao anunciar que não cumpriria uma ordem judicial do Supremo, caso este decidisse mandar apreender seu celular no curso das investigações de interferência na Polícia Federal.

“Espera aí. Um ministro do Supremo Tribunal Federal querer o telefone institucional do presidente da República, que tem contato com alguns líderes do mundo, por causa de fake news? Tá de brincadeira comigo! No meu entender, com todo o respeito que tenho ao Supremo Tribunal Federal, ele nem devia ter encaminhado este pedido ao procurador-geral da República. Tá na cara que jamais eu entregaria meu celular”, disse Bolsonaro.

ASSINE VEJA

As consequências da imagem manchada do Brasil no exterior
As consequências da imagem manchada do Brasil no exterior O isolamento do país aos olhos do mundo, o chefe do serviço paralelo de informação de Bolsonaro e mais. Leia nesta edição ()
Clique e Assine

Numa das mais graves advertências já feitas por um ministro do STF a um presidente da República, o decano Celso de Mello desenhou para que o presidente entendesse o descalabro de sua fala.

Primeiro, Mello mostrou que deu andamento ao pedido da oposição para que o celular fosse apreendido porque é esse o procedimento legal na condução do processo. Depois de ouvir a PGR – que se mostrou contrária ao pleito –, ele decidiu pela incompatibilidade do pedido, que não pode ser feito por partidos.

Continua após a publicidade

Feito o reparo, o decano mostrou, em bom português, que ninguém pode descumprir uma ordem do STF, nem mesmo o presidente, sob pena de graves consequências no regime democrático. Em outras palavras, Bolsonaro teria que dar mesmo um golpe para afrontar o STF, porque, nas leis, ele responderia por crime de responsabilidade “sem prejuízo de implicações criminais”.

“Em uma palavra: descumprir ordem judicial implica transgredir a própria Constituição da República, qualificando-se, negativamente, tal ato de desobediência presidencial e de insubordinação executiva como uma conduta manifestamente inconstitucional”, diz Mello.

“Contestar decisões judiciais por meio de recursos ou de instrumentos processuais idôneos, sim; desrespeitá-las por ato de puro arbítrio ou de expedientes marginais, jamais, sob pena de frontal vulneração ao princípio fundamental que consagra, no plano constitucional, o dogma da separação de poderes”, seguiu Mello.

Continua após a publicidade

“É tão grave a inexecução de decisão judicial por qualquer dos Poderes da República (ou por qualquer cidadão) que, tratando-se do Chefe de Estado, essa conduta presidencial configura crime de responsabilidade,segundo prescreve o art. 85, inciso VII, de nossa Carta Política, que define, como tal, o ato do Chefe do Poder Executivo da União que atentar contra ‘o cumprimento das leis e das decisões judiciais’”, diz Mello.

O silêncio de Bolsonaro desde a advertência do STF, que se uniu nesse momento de ataque às instituições, mostra que o presidente entendeu os limites do seu “quadrado”. Melhor assim.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.