Documentos apresentados pelo vereador Tarcísio Motta (PSol-RJ) à CPI dos Ônibus nesta quinta (8) mostram que o empresário Jacob Barata Filho aluga terrenos que pertencem a ele mesmo, numa transação que lhe rendia dezenas de milhões de reais.

Só que os pagamentos são incluídos como despesas em suas empresas de ônibus, e usados como justificativa para o aumento das tarifas.

Numa das transações, a Viação Verdun pagou R$ 550 mil mensais à Verdun Empreendimentos Imobiliários, ambos de Barata.

É ele, inclusive, quem assina o documento tanto como locatário quanto locador (ver abaixo).

Apenas neste caso, documentado entre setembro de 2011 a dezembro de 2017, Barata embolsou R$ 79,5 milhões.

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Segundo levantamento da CPI, a mesma engenharia financeira foi utilizada em outras empresas de Jacob Barata Filho, como a Transurb e a Nossa Senhora de Lourdes.

Nestes dois casos, o benefício obtido pelo “Rei dos ônibus” chegou a R$ 35,5 milhões (ver abaixo).

Atualização:

A defesa de Jacob Barata Filho afirma que as despesas com garagem não são utilizadas como parâmetro para o aumento anual tarifário. E que tal aumento leva em consideração a fórmula paramétrica, ou seja, a variação do custo do óleo diesel, do IPCA e do INPC, índices de correção públicos.

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