Alvo de críticas, Pazuello considera abreviar passagem pela Saúde
General à frente do ministério tem dito a interlocutores que Planalto deve escolher logo um titular para a pasta
A crise aberta pelas críticas de Gilmar Mendes ao comando “militar” na Saúde fez o próprio ministro, o general Eduardo Pazuello, repensar o tempo em que passaria como interino no ministério.
O general é cumpridor de missão, vinha fazendo um trabalho satisfatório sob o ponto de vista dos secretários estaduais de saúde – o que não é pouca coisa – , mas percebeu que só a parte “executiva” não basta para tocar uma pasta com a complexidade da Saúde.
É preciso sustentação política e, sobretudo, respaldo do setor, o que continuariam sendo pontos fracos de Pazuello, que viveria ouvindo os mesmos comentários sobre “a falta de um titular na Saúde em plena pandemia”.
A auxiliares próximos, o general reconheceu que o clima instalado na pasta não favorece mais sua atuação. Ele também concorda que o Planalto deve escolher logo um titular para a pasta.
O general não pretende abandonar a missão que lhe foi dada e seguirá fazendo o seu trabalho até que o presidente escolha o novo ministro, mas também está na torcida para que seja logo.
Pazuello vinha, há algum tempo, manifestando preocupação com o prolongamento de sua estadia no cargo. Segundo seus interlocutores, ainda não está nos seus planos passar para a reserva. Ele deseja seguir liderando missões na caserna.