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BC prevê a maior inflação das contas dos brasileiros desde 2015

Inflação dos preços administrados, como transporte, energia e gás, deve bater 9,5% neste ano, segundo o Banco Central

Por Josette Goulart Atualizado em 26 mar 2021, 09h52 - Publicado em 25 mar 2021, 09h09

Perdido no meio no relatório de inflação e mesmo na ata da Copom, tem uma informação que está chamando a atenção: a dos preços administrados. O Banco Central está prevendo uma alta de 9,5% neste ano, algo que não se via desde 2015 quando subiram 18%. Os preços administrados são as tarifas de transporte, energia elétrica, água e esgoto, gás. A economista Júlia Braga, da Universidade Federal Fluminense, chama a atenção para o fato de que o mercado previa até quatro semanas atrás uma alta nestes preços de cerca de 5%. Dólar e preço de commodities, como petróleo, são dois fatores cruciais nesta conta. O próprio BC diz que foi pego de surpresa com uma inflação ao consumidor maior em fevereiro em razão destes fatores. Mas os fortes reajustes das tarifas de energia elétrica, como mostrou VEJA nesta reportagem, também entram nesta conta.

Outro ponto que chama a atenção é o fato de o Banco Central ter incluído a categoria dos preços administrados no ranking dos Top 5. Este ranking é uma forma de incentivar que o maior número de instituições repasse ao BC suas expectativas sobre diferentes aspectos, como PIB, taxa de juros, inflação. Agora o BC quer saber com mais precisão o que o mercado pensa também dos preços administrados.

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