BC prevê a maior inflação das contas dos brasileiros desde 2015
Inflação dos preços administrados, como transporte, energia e gás, deve bater 9,5% neste ano, segundo o Banco Central
Perdido no meio no relatório de inflação e mesmo na ata da Copom, tem uma informação que está chamando a atenção: a dos preços administrados. O Banco Central está prevendo uma alta de 9,5% neste ano, algo que não se via desde 2015 quando subiram 18%. Os preços administrados são as tarifas de transporte, energia elétrica, água e esgoto, gás. A economista Júlia Braga, da Universidade Federal Fluminense, chama a atenção para o fato de que o mercado previa até quatro semanas atrás uma alta nestes preços de cerca de 5%. Dólar e preço de commodities, como petróleo, são dois fatores cruciais nesta conta. O próprio BC diz que foi pego de surpresa com uma inflação ao consumidor maior em fevereiro em razão destes fatores. Mas os fortes reajustes das tarifas de energia elétrica, como mostrou VEJA nesta reportagem, também entram nesta conta.
Outro ponto que chama a atenção é o fato de o Banco Central ter incluído a categoria dos preços administrados no ranking dos Top 5. Este ranking é uma forma de incentivar que o maior número de instituições repasse ao BC suas expectativas sobre diferentes aspectos, como PIB, taxa de juros, inflação. Agora o BC quer saber com mais precisão o que o mercado pensa também dos preços administrados.
Leia também:
- Pesquisa mostra que brasileiro subestimou a pandemia e culpa Bolsonaro.
- Bolsonaro marcha firme para impor agenda ideológica no ensino.
- Em busca do tempo perdido, UE vai restringir exportações de vacinas.
- Brasil ainda perde tempo em debates sobre a falsa dicotomia entre saúde e economia.
- Ministério da Infraestrutura: governo espera arrecadar R$ 10 bilhões com pacote de concessões.
- STF se prepara para julgar uma ação decisiva para a quebra de patentes.
- O futuro incerto de Sergio Moro depois da derrota no STF.
+Siga o Radar Econômico no Twitter