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Por Mario Mendes
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Deixem a bela Clarice em paz

Ora, minha gente, por que tanto blá-blá-blá? Trata-se apenas e tão somente de uma brincadeira de criança tentando parecer malcriada.

Por Mario Mendes Atualizado em 2 fev 2017, 09h01 - Publicado em 22 dez 2016, 17h58

Clarice Falcão é uma moça bonita, muito bonita. Também é atriz, cantora e compositora – e comediante, das boas, aquele tipo que diz as falas com ar avoado, como se não estivesse entendendo a piada, e isso faz toda a graça. Agora, como presente de Natal ao público, lançou um clipe musical intitulado Eu Escolhi Você, no seu estilo tatibitate de compor e cantar. Já que é fim de ano, o tal clipe é uma compilação de imagens de órgãos sexuais femininos e masculinos em dancinhas engraçadinhas, fofinhas. Minissaias travessas sendo levantadas, calcinhas sendo abaixadas, cuecas removidas, bumbuns revelados e tudo o mais balançando ao léu. Com direito a tinta, purpurina e fundo colorido no melhor estilo decoração de festa colegial de fim de ano. Aliás, o clipe em si é colegial, tanto na ideia quanto na execução, mas deve ter sido pensado assim mesmo, de propósito, e aqui não vai nenhuma crítica, só uma observação.

A atração provocou enxurrada de comentários ferozes e entusiasmados, brigas de foice nas redes sociais porque quem não gostou do visual gráfico do clipe é reaça, mal amado e, claro, fascista. Quem gostou saúda a moça com gênio da raça, já que o mundo não será mais o mesmo depois de Eu Escolhi Você, o marco. Enquanto a própria, em um post engraçadinho, diz que é “mais um motivo para brigar com o tio reaça” – na ceia de Natal, supomos, já que Clarice Falcão também passa a imagem de moça muito família.

Ora, minha gente, por que tanto blá-blá-blá? Trata-se apenas e tão somente de uma brincadeira de criança tentando parecer mal criada. Daquelas que mostram a língua para as visitas depois de gritarem o último palavrão aprendido. Antigamente até podia ser razão de constrangimento para os pais e convidados, hoje merece repeat para ser gravado e compartilhado na rede, gerando múltiplos likes. E tome selfie!

Mas a moça Clarice parece estar mesmo a fim de polemizar declarando: “”Se não for para causar, melhor nem lançar nada” – me lembrou a viúva Porcina, respondendo ao Sinhozinho Malta, que achou seu vestido de paetê azul pavão muito vistoso para uma cerimônia às dez da manhã: “Se não for pra ser notada, prefiro nem sair de casa”. Caprichos femininos.

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Daí o YouTube retirou do ar o vídeo e veio o mantra: Censura! As forças do mal estão em ação porque as  pessoas têm medo de suas própria genitálias e porque, segundo a moça, trata-se de “uma celebração do corpo humano”. Assim como as pessoas “transavam o corpo numa boa” lá nos anos 70. Falando em transar o corpo numa boa, por que nenhum dos donos das genitálias desnudas do clipe veio a público defender a obra e sua autora ou sua própria genitália? Tem que ver isso aí.

Então, eu digo: “Deixem a Clarice em paz”. Tão bonita, tão divertida, tão libertária. Atire a primeira pedra o artista que não fez ao menos um clipe bobo na carreira. Porque, no fim, é disso que se trata a brincadeira da moça, uma tolice pueril de verão. Quem nunca?

Ah, detalhe, a música é chata. Bem chata. Tá todo mundo de olho nos dotes deles e nas butiques delas que mal se presta atenção na canção, que também é inofensiva, como os trabalhos que a Clarice faz para publicidade. Sinceridade? Eu sempre gostei dos jingles que ela fez para aquela rede de supermercados.

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E agora me deu a maior saudade dos espetáculos do Zé Celso, com aquele monte de gente pelada e a sensação de que a polícia podia chegar a qualquer momento e acabar com a festa.

Vocês não sabem da nada, inocentes.

 

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