Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Um presidente que não é banana numa república quase bananeira

Não há perspectiva de final feliz no episódio da indicação de Eduardo Bolsonaro para Washington

Por Helena Chagas
Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 22 ago 2019, 10h00

Jair Bolsonaro amanheceu a terça-feira admitindo que poderia desistir da indicação do filho Eduardo para a embaixada do Brasil nos EUA para não submetê-lo a “um fracasso”, diante do cenário ainda incerto em relação a seu nome no Senado. À tarde, o próprio Eduardo negou a possibilidade e disse que sua indicação estava mantida. Mostrando que aquilo que o filho diz está falado, o presidente amanheceu a quarta-feira recuando do recuo: “Não tem recuo. O nome do Eduardo vai ser apresentado ao Senado”. Então pronto.

Só falta combinar com os russos do Senado – e é bem possível que a partida acabe em vitória do time dos Bolsonaro. O que se comenta nos gabinetes da Casa, porém, é que poderá ser mais uma daquelas vitórias de Pirro, uma batalha que será vencida mas esgotará todas as forças e recursos do exército vencedor, após a qual não sobrará nada.

Não há perspectiva de final feliz no episódio da indicação de Eduardo Bolsonaro para Washington. Se perder, Bolsonaro será submetido a um imenso desgaste, uma derrota política que pode representar, para ele, o início do fim.

Por outro lado, para garantir 41 votos para aprovar o nome do filho na votação secreta no plenário do Senado, Bolsonaro terá que dar os anéis e os dedos. Haja emendas, recursos para os estados, cargos federais e sabe-se lá o que mais para entrar na negociação – como sempre ocorreu e continua ocorrendo nessas horas. O desgaste será inevitável quando todo mundo perceber que Bolsonaro está fazendo tudo o que disse que não faria em termos de fisiologismo para aprovar a nomeação de Eduardo.

Não por acaso, o presidente da República retirou as indicações que havia mandado ao Senado para preencher duas diretorias do Cade com nomes técnicos escolhidos pelos ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro. As indicações teriam sido dadas ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre, que prometeu-as a senadores da bancada do MDB. Alcolumbre, aliás, será importante aliado dos Bolsonaro na causa, pois já garantiu uma boa quantidade de recursos para seu estado, o Amapá, e agora é amigo do Planalto desde criancinha. Muito mais virá, para ele e para outros.

Continua após a publicidade

O que muita gente pergunta é por que Bolsonaro não usa essa energia toda para convencer os senadores a aprovar projetos importantes para a economia e o governo. Com tanto empenho, quem sabe a reforma da Previdência não tramitaria mais rapidamente? Ou até, quem sabe, não sairia uma reforma tributária, ou o novo pacto federativo pregado por Paulo Guedes?

Para o presidente, porém, essas prioridades parecem vir atrás do filho. E, como quem levou a facada e se elegeu foi ele, que é quem manda porque não é um presidente banana, o mundo político vai assistir calado enquanto Bolsonaro leva o país de volta à condição de república bananeira.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.