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Tempo de espera

Pé no freio às vésperas de eleições

Por João Bosco Rabello
Atualizado em 30 jul 2020, 19h19 - Publicado em 16 nov 2019, 10h00

As notícias promissoras continuam na esfera econômica, malgrada a perspectiva eleitoral como fonte de redução do ritmo de reformas. A reforma da previdência é página virada de uma pauta pendente do governo passado. Com o pacote anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o atual governo começa de fato.

Há certo varejo que surge, aqui e ali, fora de contexto, mas que mesmo assim, revela correções de rumo a serem feitas em favor de uma rotina menos injusta capaz de melhorar o humor do cidadão. É o caso do anúncio do fim do Dpvat (o seguro obrigatório dos automóveis) que melhor se encaixa se debatido dentro de uma reorganização geral da área de trânsito hoje acomodada com a arrecadação passiva das multas.

Esse varejo destoa da organização que se procura dar à economia e parece destinar-se menos a enfrentar tudo aquilo que contraria o contribuinte e mais para cumprir uma estratégia diversionista. Se levado a sério, porém, em conjunto, há medidas positivas que podem representar respostas parciais aos até hoje negligenciados protestos de 2013 por melhores serviços (padrão Fifa), que deram início à derrocada do governo Dilma Rousseff.

A classe política mantém a velha fórmula do pé no freio às vésperas de eleições. Melhor não arriscar a aprovação de mudanças, mantendo o debate sem deixar que se aproxime da fase de conclusões. No plano federal, as entregas tanto do Legislativo quanto do Executivo têm por referência de tempo as eleições de 2022.

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Assim, parece mais otimismo profissional a estimativa que um pacote da dimensão do apresentado pela equipe econômica esteja votado até o meio do próximo ano. Melhor apostar que até lá sejam criadas as condições favoráveis à sua aprovação, com negociações adiantadas, do que em sua conclusão. Da mesma forma que as estimativas para a reforma tributária que chegou a ser aprazada para terminar este ano.

Medidas de governo precisam ser bem empacotadas e bem vendidas ao público, como ficou ainda mais claro no Plano Real. Após quatro planos frustrados na gestão do ex-presidente José Sarney (Cruzado, Cruzado 2, Plano Bresser e Plano Verão) e um de consequências funestas de seu sucessor, o Plano Collor , que confiscou as contas bancárias, nada levava a crer que ainda se pudesse tentar mais um plano.

O Plano Real, no entanto, deu certo porque apostou na comunicação. Foi bem vendido, explicado diariamente nos quatro cantos do país, com uma estratégia de mídia e de peregrinação até convencer a população que a ele aderiu. O ministro Paulo Guedes já demonstrou ter o talento necessário para vender seus projetos. Sua aliança com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem sido o fator de eficiência do governo até aqui, pois materializa o que a equipe econômica produz.

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O ano acaba bem para o governo, em que pese a turbulência política, a forte polarização ideológica e a estratégia do confronto adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, entre outros fatores que influem na redução do ritmo dos resultados.

Encerrar a reforma da previdência ficou de bom tamanho, mas principalmente porque o pacote de reformas proposto pelo ministro Paulo Guedes mostrou que a área econômica não tocava um samba de uma nota só. Fechou o ano com propostas concretas que dão perspectiva de mudanças a um cenário que antes parecia esgotar-se na previdência. O tempo ainda é de espera na economia, mas o sinal de vida está dado.

 

João Bosco Rabello é jornalista do site Capital Político (capitalpolitico.com

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