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Substituto de Celso de Mello tomará cerveja com Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal não merece, tampouco o país

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 26 set 2020, 17h05 - Publicado em 26 set 2020, 08h00

O que o presidente Jair Bolsonaro diz nem sempre deve ser escrito. Porque ele não tem compromisso com a maioria das coisas que diz. Proibiu o ministro Paulo Guedes, da Economia, de ocupar-se com o Renda Brasil, o plano pós auxílio emergencial. “Vai ficar o Bolsa Família e não se fala mais disso até o fim do governo”, decretou Bolsonaro. Para dali a dias dar o dito pelo não dito.

Um novo imposto a ser cobrado sobre todas as transações a exemplo da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)? Bolsonaro ficou rouco de tanto repetir que jamais permitiria que fosse criado. Guedes conseguiu convencê-lo do contrário, e algo de parecido será proposto ao Congresso. É remota a chance de, ali, ser aprovado, mas não importa.

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De maneira que a palavra de Bolsonaro vale tanto quanto uma nota de 3 reais, e assim deve ser examinada com cuidado. Há poucos dias, sem que ninguém lhe tivesse perguntado, Bolsonaro afirmou que indicará para a vaga do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal um nome que seja capaz de tomar cerveja com ele sempre que convocado para isso.

Se outra vez não mudar de opinião, o mais provável é que esse nome seja o do atual ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência. Embora também cotado para o cargo, André Mendonça, ministro da Justiça, não é tão íntimo de Bolsonaro. E não se sentiria à vontade, uma vez portador de uma das 11 togas mais cobiçada do país, em atender convocação para beber cerveja.

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Talvez seja essa uma das razões para que parcela expressiva dos ministros do Supremo torça por Mendonça. O pai de Oliveira foi empregado de Bolsonaro e viu os filhos do presidente crescerem. Cedeu a vaga a Oliveira, um policial militar da reserva que se formou em direito e que ganhou a confiança da família Bolsonaro. É pau para toda obra e jamais desobedece ao chefe.

Um ministro da envergadura de Celso de Mello não merece ser substituído por um ministro que se preste a tomar cerveja com o presidente da República. O país também não.

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