O presidente Jair Bolsonaro chamou seu filho Flávio, o 01, para uma conversa e avisou: se os rolos do Queiroz pesarem para o seu lado não conte comigo. Arranje-se sozinho. Minha proteção como presidente não terá.
Daí o nervosismo do senador conferido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em um encontro recente. Flávio está uma pilha, recolhido à máxima discrição. Teme o futuro do próprio mandato.
Para completar, a Justiça do Rio negou liminar pedida por ele para suspender a investigação contra Queiroz. No pedido, Flávio apontou razões parecidas com as apresentadas por ele antes e negadas pelo Supremo.
Não fosse Queiroz um ex-assessor de confiança de Flávio e amigo de mais de 40 anos de Bolsonaro, e a essa altura já estaria preso. Mas operado de um câncer no estômago, desapareceu. À justiça só deu explicações por escrito.
É acusado de ter movimentado R$ 1,2 milhão em sua conta sem ter renda suficiente para tal. Suas ligações com milicianos também estão sendo apuradas. Ele empregou parentes de milicianos no gabinete de Flávio quando o 02 era deputado estadual no Rio.