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Se não deu certo nos Estados Unidos, aqui tampouco dará

Avisem a Bolsonaro que ele está atrasado

Por Ricardo Noblat
8 jan 2021, 09h00

O presidente Jair Bolsonaro usou os acontecimentos espantosos dos Estados Unidos que chocaram o mundo para voltar a desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. E sem apresentar provas do que disse, assim como fez Donald Trump.

Vociferou: “Aqui no Brasil, se tivermos o voto eletrônico em 2022, vai ser a mesma coisa. A fraude existe. Aí a imprensa vai falar: ‘sem provas, diz que a fraude existe’. Eu não vou responder esses canalhas da imprensa mais, tá certo?”

Não parou por aí. E não poderia ser mais explicitamente ameaçador do que foi: “Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter um problema pior que os Estados Unidos”.

Antes de saber que, pressionado, Trump criticara os manifestantes que incitados por ele invadiram o prédio do Congresso americano, Bolsonaro havia justificado assim o que por lá aconteceu:

– O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente, qual foi o problema, a causa dessa crise toda? Falta de confiança no voto. Lá o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatros vezes. Mortos votaram. Foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí.

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Em troca, engoliu calado às censuras veladas de três ministros do Supremo Tribunal Federal. Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, declarou que o processo eletrônico nunca apresentou qualquer evidência ou indícios de fraudes registradas no tempo do voto em cédula.

O ministro Edson Luís Fachin, que comandará o tribunal durante as eleições de 2022, foi direto ao ponto ao afirmar que “a violência cometida contra o Congresso norte-americano deve colocar em alerta a democracia brasileira”. E advertiu sem rodeios:

– Quem desestabiliza a renovação do poder ou que falsamente confronte a integridade das eleições deve ser responsabilizado em um processo público e transparente. A democracia não tem lugar para os que dela abusam.

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Escreveu o ministro Gilmar Mendes no Twitter:

– A invasão do Capitólio norte-americano revela as graves consequências do sectarismo político odioso. O episódio reforça a importância de uma Justiça Eleitoral altiva. Notícias falsas e milícias digitais não apenas corroem a democracia: elas colocam em risco a vida humana.

Portanto, não será por falta de avisos que Bolsonaro poderá se dar mal se tentar replicar aqui o que deu errado nos Estados Unidos.

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