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“Samba é baile de dois”: missão de Biden isola Bolsonaro (por Vitor Hugo)

Brasil ignorado em visita americana

Por Vitor Hugo Soares
17 abr 2021, 12h00

Enquanto o presidente Bolsonaro se enrosca na retórica e ações estranhas ( Alexandre Saraiva retirado do comando da PFl no Amazonas, por exemplo) e tropeça nas próprias pernas diante da sombra da CPI da Covid-19, para apurar malfeitos, erros e omissões de seu governo no combate à pandemia no país (270 mil mortos), o mundo dá voltas, indiferente aos estrilos do poderoso da vez em Brasília. Assinalo aqui, fato que passou quase batido no noticiário nacional, esta semana: Dos dias 12 a 14, emissários do governo Joe Biden, desembarcavam em Bogotá, iniciando pela Colômbia uma relevante visita oficial à América do Sul. Na agenda da missão, chefiada pelo diretor sênior para o Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança, Juan Sebastian Gonzalez, constaram, também, significativos contatos com autoridades na Argentina e no Uruguai. O Brasil foi sonoramente ignorado nesta primeira visita de emissários de Biden ao continente.

Na capital colombiana, a secretária adjunta para a América do Sul, Julie Chung, ao lado de Gonzalez na viagem, postou no Twitter: “Valorizamos nossa estreita cooperação com Ivan Duque e o governo da Colômbia e continuamos trabalhando juntos para restaurar a democracia na Venezuela”. No sábado,10, o anúncio do embarque dos emissários se deu em comunicado no qual se destacava que eles discutiriam, na Colômbia, a recuperação econômica, a segurança e o desenvolvimento rural do país. Além disso, debateriam a crise migratória da Venezuela. Na Argentina e Uruguai, Gonzalez e Chung “abordam os desafios impostos pela pandemia Covid -19, as mudanças climáticas e as ameaças à democracia, incluindo o recrudescimento da corrupção no continente”.

Em Buenos Aires, terça-feira, 13, o mandatário argentino recebeu uma carta do colega norte-americano e, ainda convalescendo da covid-19, manteve conferência online com os enviados da Casa Branca, quando tratou da compra de vacinas nos EUA. Fernandez também pediu, a Biden, apoio explícito da Casa Branca às negociações que a Argentina mantém com o FMI, para lograr uma prorrogação das negociações, além de condições creditícias favoráveis, como revela o diário El Clarin.

Quinta-feira, 14, na etapa final da missão, em Montevidéu , Gonzalez foi recebido pelo presidente Lacalle Pou, na Torre de Governo, com quem tratou de segurança e mútuo firme combate ao narcotráfico na região e nos EUA. E sem dar golas para Brasília, a missão retornou a Washington.

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Dias antes da viagem , Juan Gonzalez , em entrevista ao Washington Post, pontuou que se o Brasil espera merecer um novo olhar da Casa Branca, o governo Bolsonaro precisará modificar a atual política em relação ao meio ambiente. Segundo Gonzalez, Biden tem um entendimento sofisticado do Brasil e acredita que a importância estratégica do país para os EUA vai além de quem esteja no poder. É o maior exportador do mundo de produtos agrícolas, uma ponte natural entre o G7 e o G77. “Existe uma agenda global entre nossos países. O Brasil é um país importante, mas a relação só poderá alcançar seu potencial sob uma base de entendimentos compartilhados: a mudança climática é real e a necessidade de atuar é urgente, as instituições democráticas e os direitos humanos devem ser respeitados e a corrupção não pode ser tolerada… Mas o samba é um baile de dois”, conclui Gonzalez. Precisa desenhar? Responda quem souber.

 

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail:vitors.h@uol.com.br

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