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Resta a Moro sair sem ser esculachado

Na corda bamba

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 23 ago 2019, 08h00

Em 16 de setembro de 2002, ao ser descoberto escondido no Complexo do Alemão, no Rio, o traficante de drogas e assassino do jornalista Tim Lopes, repórter da TV Globo, Elias Pereira da Silva, mais conhecido como Elias Maluco, implorou ao policial que lhe deu voz de prisão: “Perdi, chefe, só não esculacha não”.

Não seria de todo impróprio que o ex-juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça, repetisse o apelo de Elias Maluco diante do capitão Jair Bolsonaro. Convidado para ser um dos dois Postos Ipiranga do governo (o outro seria o economista Paulo Guedes), ele perdeu tal condição em menos de oito meses. Não precisa ser esculachado.

Beirou ao esculacho o que disse, ontem, Bolsonaro, sobre sua intromissão na área de governo sob o comando de Moro. A Policia Federal é um órgão de Estado, não de governo. Administrativamente subordina-se ao ministro Moro, mas só obedece a ordens da justiça. Pois Bolsonaro quer mandar nela.

“Está na lei. Eu que indico e não o Sérgio Moro”, bateu na mesa Bolsonaro, referindo-se à indicação do Diretor-Geral da Polícia Federal. A irritação presidencial tem um motivo: ele quis indicar um delegado amigo de sua família para a superintendência da Polícia Federal no Rio, área de especial interesse das milícias.

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Foi obrigado a recuar – pelo menos por enquanto. Delegados e superintendentes da Polícia Federal ameaçaram entregar seus cargos. E Moro alertou Bolsonaro para o desastre que isso representaria. Só que Bolsonaro há muito tempo que não leva em conta tudo o que Moro lhe diz. E o trata com crescente má vontade.

Amigos do ex-juiz o aconselham a pedir demissão. Ele ainda resiste. Quer ver se Bolsonaro terá coragem de demiti-lo. Corre o risco de não só ser demitido como esculachado.

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