Dado os padrões do governo Bolsonaro, nada demais que o novo presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos seja processado sob a acusação de ter vazado para sua mulher e a cunhada um edital de concurso público. Ora, ele só queria favorecê-las. Família acima de tudo e Deus acima de todos!
O catarinense Marcos Vinicius Pereira de Carvalho, até ontem assessor da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, substituirá no cargo a procuradora regional da República Eugênia Augusta Gonzaga, demitida por Bolsonaro que a considera de esquerda e, portanto, adversária do seu governo.
Filiado ao PSL de Bolsonaro, Pereira de Carvalho é presidente do partido em Taió, município do Vale do Itajaí. Ali é processado porque pediu e obteve com antecedência o edital da prefeitura para concurso que admitiria 40 novos funcionários. Ele passou o edital para a mulher, Fabiana Koch de Carvalho, e uma irmã dela.
Fez mais: ainda pediu ao presidente da comissão do concurso na época para alterar termos do edital de modo a facilitar a aprovação da sua mulher. Não conseguiu. A ministra Damares disse não ver nenhum problema nisso porque Pereira de Carvalho ainda não foi condenado. Assim, segue o baile.