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Reeleição some no horizonte (por João Bosco Rabello)

No segundo ano do mandato, Bolsonaro dedica-se a evitar perdê-lo

Por João Bosco Rabello
Atualizado em 8 jun 2020, 18h22 - Publicado em 8 jun 2020, 10h00

A desidratação do capital eleitoral e a tragédia econômica posta em perspectiva autorizam a previsão que a reeleição já não deve frequentar o horizonte político do presidente Jair Bolsonaro.

Se assim for, postas de lado – como devem ser postas- as ameaças de golpe, ao fim do mandato seu governo terá como realização a reforma da Previdência. E uma brutal recessão.

Qualquer economista sério que se consulte dirá que a recuperação econômica, já de prazo pessimista antes da pandemia, não ocorrerá em menos de uma década. Poderá mostrar sinais vitais mais estáveis na metade desse tempo, não antes.

Como no presente ano, o segundo do mandato, à pandemia soma-se uma crise política, econômica e institucional, a retomada de projetos estruturantes, como as reformas que soam remotíssimas na voz do ministro da Economia, Paulo Guedes, tornam-se abstratas no cenário que impõe um Estado assistencialista.

O presidente e seu ministro da Economia não têm culpa pela reversão do modelo liberal que estava em curso antes do coronavírus. Mas terão responsabilidade exclusiva no obituário das pequenas empresas, privadas de crédito quando se inicia o quarto mês do isolamento social que impôs um jejum de receitas jamais visto.

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A falta de sentido de urgência no socorro aos pequenos é reflexo da negação a que se impuseram Bolsonaro e Guedes. Este, inclusive, transpondo para o ambiente econômico, o que o presidente disse em relação ao contexto social e humanitário: “Vão morrer muitos. E daí – o que eu posso fazer”? A indagação presidencial vale na voz de Guedes para o universo das empresas.

Bolsonaro fez a aposta errada ao absorver a pandemia como uma moeda da sorte de seus potenciais concorrentes em 2022 e negá-la como forma de enfrentar a adversidade política. Ao invés de enfrentá-la, como a vizinha Argentina, que impôs a quarentena radical e contabiliza hoje 608 mortes, só teve olhos para seus rivais eleitorais.

Certamente teria crescido se liderasse o combate ao vírus – o imponderável que justificaria a reversão de expectativas econômicas.

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O caminho que escolheu fez do seu um governo hostil, a colecionar conflitos e produzir tensões diárias que se somam ao infortúnio geral. Adotou a estratégia do confronto que hoje se dá com governadores, Judiciário e Legislativo.

Com a economia ladeira abaixo, que é o fato realmente decisivo, perde índices de aprovação a cada pesquisa, enquanto os de contaminação e morte pelo vírus aumentam em proporção avassaladora.

No segundo ano do mandato, dedica-se a evitar perdê-lo, risco para o qual concorrem não apenas a desidratação nas pesquisas, mas principalmente investigações que rondam seu governo e sua família. A reeleição fica distante nesse contexto.

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