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Por Coluna
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“Patriazinha”

Há quanto tempo esperamos que o Brasil se transforme no país do futuro...

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 30 jul 2020, 20h13 - Publicado em 26 out 2018, 14h00

A poucos dias da eleição que definirá quem vai presidir o Brasil a partir de janeiro de 2019, acordo mais do que nunca apaixonada pelo meu país e morta de pena dele. Há quanto tempo esperamos que o Brasil se transforme no país do futuro…

Não é, como foi imaginado pelos mais ingênuos ou desinformados, o progresso de mais carros nas ruas, mais máquinas de lavar ao lado do tanque, mais celulares nas mãos de todos, mais aviões lotados.. . O que sonhávamos, desejávamos e pedíamos aos céus era o progresso das ideias, dos pensamentos, da ética e da dedicação verdadeira de nossos políticos.

Ainda ecoa em nossos corações a carta-testamento de Getúlio Vargas, quando lá pelas tantas ele diz: “Levo o pesar de não haver podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia”.

Se Getúlio, um verdadeiro estadista, não conseguiu, como fomos imaginar que o líder hoje encarcerado o faria?

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Nem os dois, nem nenhum dos outros que comandaram o país o fez. Pobre Brasil que segunda-feira 29 de outubro de 2018 inicia nova viagem… O que será de nós? Para onde nos levarão? O que farão de nosso país?

Leio e releio o belo poema ‘Pátria Amada’, que Vinícius de Moraes escreveu em 1949, quando servia em Barcelona e sentia muita saudade do Brasil. Eu não estou ausente, como o poeta, estou aqui no Rio de Janeiro onde vivo e que, como a mãe gentil que o pariu também está tão pobrezinho. Mas é ao poeta que recorro para me consolar e reavivar minha esperança:

“Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos…
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias, pátria minha
Tão pobrinha!
***
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez…”
***
Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
“Pátria minha, saudades de quem te ama…
Vinicius de Moraes.”

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Ao carioca Vinícius que no Céu está, peço que reze pela sua Patriazinha e por nós, seus conterrâneos.

 

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa é professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. https://www.facebook.com/mhrrs 

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