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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O encontro e a estrada que leva a 2022 (por Cila Schulman)

Uma candidatura tão competitiva quanto as das pontas

Por Cila Schulman
26 abr 2021, 11h00

Nomadland, filme que ganhou o Oscar ontem e que retrata a vida dos nômades, tem como pano de fundo a crise econômica de 2008, aquela que produziu o fenômeno eleitoral Donald Trump. A asiática Chloé Zhao, primeira mulher de cor e segunda mulher da história a ganhar o prêmio de melhor diretora, mergulha nos Estados Unidos profundos com um roteiro que mescla altos perrengues solitários com singelos momentos de ajuda mútua e senso de comunidade.

Enquanto subiam os letreiros, eu não pude deixar de pensar: e o Brasil? De que jeito nossos nômades políticos vão se encontrar na estrada rumo a 2022, em meio à crise em que estamos metidos?

Pesquisa da Behup, nossa empresa de tecnologia e inteligência de dados, mediu os efeitos da pandemia para a vida dos brasileiros neste último ano. 49,6% dos entrevistados estão mais estressados e tensos, 47,6% estão mais ansiosos e angustiados, 46,4% estão com mais raiva e irritação, 41,6% estão mais tristes, 41,2% estão com mais dificuldade pra dormir, 39,5% estão com medo e pânico e 39,4% sentem mais solidão.

Os resultados são preocupantes do ponto de vista da saúde mental e confirmam a expressão com a qual o psicólogo Adam Grant nomeou o sentimento central da pandemia: estamos definhando. Sem perspectivas de solucionar a médio prazo as crises sanitária e econômica, vivemos um cenário de desolação. E é neste cenário que começam a se desenhar as chapas que disputarão a sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

Como é caso de reeleição, as peças do tabuleiro se mexem em torno do incumbente, Bolsonaro, que tem 32% do eleitorado, segundo a última pesquisa EXAME/IDEIA, divulgada na última sexta-feira. Do outro lado, num plot twist típico do nosso país, temos a volta do ex-presidente Lula, até pouco tempo preso e inelegível, agora favorito, com 33%. No meio destes pólos, assistimos ao vaivém de mais de uma dezena de pré-candidatos, que somam juntos 32%.

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Note-se que de 12 de março para 23 de abril, o levantamento EXAME/IDEIA registrou uma perda de 9 pontos percentuais para esse bloco de todos os outros candidatos, outra perda de 3 pontos, dentro da margem de erro, para Bolsonaro e um ganho de 12 pontos para Lula.

Ainda assim, o bloco dos do meio tem toda a condição de viabilizar uma candidatura tão competitiva quanto as das pontas. Basta que eles consigam se encontrar na estrada que leva a 2022 e se ajudar mutuamente, apesar dos perrengues.

 

Cila Schulman é jornalista, com especialização em gerenciamento de campanha eleitoral pela George Washington University, vice-presidente do Ideia Instituto de Pesquisa e partner da Behup, empresa de tecnologia e inteligência de dados.

 

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