
O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, passou a ser o guardião dos segredos mais cobiçados da República desde que pediu e obteve cópias de todos os relatórios de inteligência financeira (RIFs) produzidos pelo antigo Coaf (hoje UIF) nos últimos três anos.
Trata-se de informações sigilosas que envolvem cerca de 600 mil pessoas (412,5 mil físicas e 186,2 mil jurídicas), muitas delas expostas politicamente e com prerrogativa de função, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Toffoli alega que precisa entender o procedimento de elaboração e tramitação dos relatórios.
Bancos e instituições afins são obrigados a informar ao UIF (ex-Coaf) a existência de movimentações financeiras atípicas. Isso não significa necessariamente que os autores das movimentações tenham cometido algum crime. Há familiares do presidente Jair Bolsonaro citados nos relatórios que Toffoli recebeu.