Foi de morno para frio o primeiro debate entre candidatos a presidente da República promovido pela Rede Bandeirantes de televisão. Ninguém atacou ninguém para valer — salvo Guilherme Boulos (PSOL), que bateu duro em quase todos, menos em Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (REDE).
Alvo da maioria das perguntas, Geraldo Alckmin (PSDB) foi o candidato que teve maior exposição — e quando se trata de debate na telinha, essa pode ser uma vantagem. E foi para ele que não perdeu a serenidade e passou todos os recados que queria mandar ao distinto público.
Por mais de uma vez, Marina deu estocadas em Alckmin. Uma única vez, Alckmin revidou ao dizer que jamais servira aos governos do PT, e que Marina serviu. Com fama de descontrolado, Ciro soube controlar-se. Quando cedeu à ironia, deu-se bem.
Alvaro Dias (Podemos) foi o mais irregular. Começou mal, extrapolou o tempo das respostas, tentou esconder-se sob o manto da Lava Jato, e apontou a corrupção como a causa de todos ou de quase todos os problemas enfrentados pelo país.
Quanto a Bolsonaro, além de nervoso, foi apagado pelo histriônico Cabo Daciolo (Patriota). O cabo ocupou mais espaço no debate do que o capitão. Acabou sendo o candidato mais citado nas redes sociais. Nenhum dos candidatos quis polarizar com Bolsonaro, negando-lhe assim a chance de faturar.
O esquecido da noite foi Lula, uma só vez mencionado por Boulos. O debate entre Fernando Haddad (PT) e Manuela d’ Ávilla (PCdoB), transmitido à mesma hora nas redes sociais, foi um fracasso de público.
Planejado para durar duas horas, o debate da Band estendeu-se por três horas e meia. Dele, pouco deverá ficar na memória dos que o viram.
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