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Nem sempre a novidade é avanço

Foi pura sorte meus olhos terem batido na palavra Light.

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 24 ago 2018, 14h00 - Publicado em 24 ago 2018, 14h00

No meio da correspondência, entre cartas, informes, contas e anúncios que encontro toda vez que vou olhar minha caixa de correspondência aqui no prédio, veio uma tripa de papel, de mais ou menos 30 cm X 10 cm, que por pouco não rasgo e jogo na lixeira, pensando que fosse apenas um anúncio de delivery de pizzas, o mais comum entre os que encontro na caixinha. Foi pura sorte meus olhos terem batido na palavra Light. Era, sim, a nova conta da Light em seu novo formato (e nova cor, passou do vermelho para o verde…). Esse papelinho nos é apresentado como mais praticidade, menos papel e maior transparência na leitura do nosso consumo de energia elétrica.

Entro em total desacordo com a Light. Para economizar papel, a Light teve que diminuir o tamanho das letras e números. O que, em vez de facilitar a leitura, faz é dificultar, pelo menos para quem não tem mais, digamos, quarenta anos. Para ler a nova conta e seu importantíssimo link que uso para o pagamento on line, tive que me valer dos óculos e de uma lupa!

Foi para o bem do consumidor de energia ou para o bem do bolso da pobre Light? O que é que você acha, leitor?

E quanto aos remédios? Quando a propaganda fala em novos formatos e novas embalagens, já me aproximo com imensa desconfiança. Nos remédios, a nova embalagem quase sempre significa aumento de preço. E o fato de que as caixas, uma vez abertas, não poderão mais ser bem fechadas, pois para abri-las temos que rasgar a tampa, não tem outro jeito. Infelizmente, uso muitos remédios, dos mais variados laboratórios e uma vez aberta uma caixa de um determinado remédio só o que consigo é encostar a antiga tampa na caixinha. Fechar, nunca mais.

Isso só acontece com os remédios? Não, imagine, também com biscoitos, sucrilhos, farinhas, e muitas outras coisas. Tenho um amigo que sempre disse que o progresso industrial de uma nação pode ser medido pelas embalagens fabricadas no país. Eu achava isso engraçado. Já não acho…

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O fato é que ao comparar produtos feitos no exterior aos feitos aqui, mais uma vez confirmo que meu amigo está é muito certo. Tomo como exemplo os discos. As caixas de acrílico dos CDs ingleses, alemães ou americanos, mesmo que abertas e fechadas com muita regularidade, duram muitos anos. Já as nossas, coitadinhas… se você ao abri-las não tiver muito cuidado, logo, logo, as tampas vão desmontar e a caixinha ficará inutilizada. O mesmo com os LPs. Tenho ingleses comprados em Londres na década de 60 do século passado que parece que foram comprados ontem o que, para quem ama seus discos, é um prazer que os fabricados aqui no Brasil não permitem.

Mas isso são objetos. Vamos torcer para que os eleitos nas eleições de outubro cumpram melhor a propaganda que os acompanha e que, bem acabados e mais resistentes que nossas embalagens, sejam novidades que sirvam ao Brasil durante um bom tempo e, de preferência, que não nos custem muito caro…

 

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa é professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. www.facebook.com/mhrrs  

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