Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Noblat Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

“La Terre Est Bleue!”

O entusiasmo do astronauta russo

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 30 jul 2020, 19h36 - Publicado em 5 jul 2019, 10h00

Aos 23 anos, estudante, animada, encantada com todas as belezas de Paris, uma cidade apaixonante, eu subia a Avenue des Champs Elysées em direção ao Arco do Triunfo, distraída com meus pensamentos, quando começou a transmissão que ecoou no mundo inteiro: a voz entusiasmada do astronauta soviético, Iuri Gagarin, a dizer “La Terre Est Bleu!”. Repetida umas cinco vezes, tal o entusiasmo do astronauta russo com a maravilha que via, a Terra toda azul, de um azul maravilhoso.

Sabem quando uma cena de um filme, por um problema qualquer, congela, e ficam as pessoas e as coisas imóveis? Pois foi assim que ficou aquela linda avenida, como um filme congelado. Todos, pessoas, carros, pararam, estarrecidos com o que ouviam! Eu chorei. Fiquei mesmo muito emocionada.

Isso foi em 12 de abril de 1961. Anos depois, em 20 de julho de 1969, outra emoção, ver o homem pisar na Lua. Impressionante visão, jamais esquecida. Confesso que foi uma emoção diferente da provocada pelo Iuri Gagarin, o primeiro homem a ver a Lua de bem pertinho e a poder constatar que todas aquelas lindas canções que embalavam nossas festas não mentiam: Blue Moon, Fly Me To The Moon, Harvest Moon, Se a Lua Contasse, A Lua é Dos Namorados…

A Lua tem a luz mais linda que existe, ela nos guia e nos inspira desde que o mundo é mundo. Mas é ela também que dá gás aos maluquinhos que andam aumentando em números escandalosos. Não sei se é sob o luar que eles juram fazer todas as besteiras que fazem, e como fazem! Não sei também se eles não têm medo que a Lua um dia caia sobre suas cabeças, mas sei que os lunáticos estão por toda a parte, alguns até fantasiados de astronautas.

A Lua é tão especial que influencia as marés, as colheitas, algumas de nossas dores e muitas de nossas etapas na vida. A Terra, que ela ilumina e enfeita, vem sofrendo agressões horríveis que mexem com nosso clima e com nossa saúde. Gelo em Guadalajara, México em pleno verão; calor no Rio de Janeiro no mês de junho, a ponto de para dormir sossegados o ar-condicionado ter que estar a pleno vapor; o sul da França, onde os felizardos abonados iam passar o verão para fugir do calor, estar sofrendo sob uma temperatura de 45º à sombra; a California derretendo sob incêndios devastadores; o mundo inteiro sem saber o que está havendo com o clima na Terra. Só se sabe que está tudo muito diferente de poucos anos atrás e que desrespeitar a vida em nosso planeta pode nos levar ao fim do mundo.

Continua após a publicidade

Hoje não posso deixar de falar na Laika, a cadelinha russa que foi o primeiro organismo vivo a suportar umas horas no espaço, a uma gravidade zero. A coitadinha, hoje já sabemos, viveu poucas horas após o lançamento do Sputnik 2 que a transportava, em abril de 1958. Foi a experiência com Laika que permitiu que anos depois seres humanos participassem de missões espaciais. Por isso, apesar de não sabermos o que Laika pensou sobre sua aventura, é ela que consideramos nossa primeira heroína espacial.

Espero que o espírito da Laika penetre na carapaça dos lunáticos que não acreditam nas mudanças climáticas na Terra e que os faça lutar pelo respeito ao Clima, para que o Homem possa viver bem… e mais.

 

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa é professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005.  

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.