Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Noblat Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Esquecer nunca lembrar sempre

A praga totalitária

Por Gustavo Krause
Atualizado em 30 jul 2020, 19h11 - Publicado em 2 fev 2020, 12h00

Dois dos maiores gênios da Humanidade, Einstein e Freud, ambos judeus, trocaram ideias sobre o tema “Por que a Guerra?” A iniciativa foi uma proposta da Liga das Nações e do seu Instituto Internacional para Cooperação Intelectual a Einstein para convidar uma pessoa e debater a questão urgente da humanidade, assim, por ele formulada: existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça da guerra?

O físico parecia ansiar por mecanismos práticos, efetivos para evitar a repetição da I Guerra Mundial. A correspondência, datada de 30 julho de 1932, foi respondida no mês seguinte. Não há, apesar da soma da genialidade, resposta definitiva. O pacifismo compartilhado, em profundidade, deixa alertas notáveis: “O homem encerra dentro de si um desejo de ódio e destruição. Em tempos normais, esta paixão existe em estado latente, emerge apenas em circunstâncias anormais; é, contudo, relativamente fácil, despertá-la e elevá-la à potência de psicose coletiva”, escreveu Einstein.

“O Pai da Psicanálise”, em texto longo e ensaístico, conclui com um aceno de esperança: “A guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização […] simplesmente não podemos nos conformar com ela […] nós, os pacifistas temos uma intolerância constitucional à guerra […] Pode não ser utópico que a atitude cultural e o justificado medo das consequências de uma guerra futura, venham resultar, dentro de um tempo previsível, em que se ponha um término à ameaça da guerra […] tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra”.

Vã esperança. No sub-solo em que pisavam aqueles benfeitores da humanidade, camadas tectônicas conduziam a sociedade ao mais sombrio e devastador conflito da história, a II Guerra Mundial, movida por uma doutrina inebriante e um líder monstruoso.

Continua após a publicidade

Esquecer nunca. Lembrar sempre. Todo dia, inclusive, 27 de janeiro. É recomendável a leitura do livro de autoria do Primo Levi. Chego a pensar que não houve sobreviventes porque não dormiam: “mergulhavam no sono amargo e intenso”; que não comiam senão “a ração, um tijolo cinzento”, chamado pão; não respiravam, senão, “o cheiro nauseabundo da imundice”. A morte antecipada chegava com a nudez da dignidade humilhada: “vermes sem alma”

A praga totalitária sai do inferno para destruir, insidiosamente, o tecido da democracia, esta sim, a mais poderosa das armas de combate. Democracia não maltrata. Não faz guerra. E não perdoa os ecos da voz criminosa de Joseph Goebbels.

Esquecer nunca. Lembrar sempre.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.