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Por Coluna
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Eleição do outro mundo

Que não se ponha depois a culpa em Deus

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 27 ago 2018, 07h00 - Publicado em 27 ago 2018, 07h00

É sempre melhor estar ladeira a cima quando começa no rádio e na televisão a temporada de propaganda eleitoral. Mas Geraldo Alckmin (PSDB) não está errado ao dizer que só a partir desta sexta-feira terá início para valer o período de definição do voto.

O que as pesquisas mostram até agora é que, salvo Lula, encarcerado em Curitiba, os demais candidatos à sucessão de Michel Temer não cresceram nem diminuíram de tamanho deste novembro do ano passado, pelo menos. São pigmeus.

O crescimento de Lula serve para enganar a grande massa dos tolos que acredita ou quer acreditar que o retrato dele estará na urna eletrônica. Mas serve também para anabolizar Fernando Haddad (PT), o candidato fantasma que corre por fora.

Esquisita eleição, essa, com dois fantasmas. Sem paralelo com nenhuma outra no mundo. Para que se especule sobre qualquer coisa, há que se buscar amparo em teorias ou referências. Não há teoria e muito menos referências seguras sobre algo parecido.

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Quase metade dos brasileiros aptos a votar afirma que não o fará, ou que anulará o voto. A indignação com os políticos alcançou a temperatura máxima. A campanha será a mais curta da história. Um só desses dados desautorizaria previsões.

Lula poderá pedir votos para seu herdeiro no rádio e na televisão? Certamente que não. Se a Justiça, porém, demorar a descartar sua candidatura, ele talvez ainda possa pedir votos por alguns dias. Qual será o efeito? Ninguém sabe ao certo.

Entre os candidatos, é Alckmin que terá o maior tempo de propaganda eleitoral. A vantagem dele sobre os outros chega a ser imoral. E daí? A do deputado Ulysses Guimarães (PMDB) também era em 1989, e não adiantou. Ulysses ficou em sétimo lugar.

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Sem Lula no páreo, Jair Bolsonaro (PSL) é o primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto. Desde já é tratado como um cavalo manco, condenado à derrota no segundo turno seja qual for o seu desafiante. Quem se arrisca a garantir que será? É só palpite.

Ciro Gomes (PDT) não deverá estar entre os que disputarão uma vaga no segundo turno. Palpite? Que seja, mas com base em referências. Para tal, ele precisaria de votos do PT – e os votos do PT que não forem para Haddad beneficiarão Marina Silva (REDE).

O que tem jeito de aposta razoável: Bolsonaro, Haddad, Alckmin e Marina poderão chegar embolados ao fim do primeiro turno. Se Alckmin não se mexer nas pesquisas nos primeiros 10 dias de propaganda eleitoral, será abandonado e dará adeus à corrida.

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Enfim, no país em que se plantando tudo dá, rega-se o desconhecido com a esperança que Deus nos salvará de um desastre. Creio em Deus, mas ele dotou o homem de autonomia para fazer tudo, inclusive tolices ou barbaridades inimagináveis.

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