Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

É tudo fake

Tão grave quanto divulgar falsidades sobre o adversário é a prática de ludibrio ao eleitor

Por Mary Zaidan
Atualizado em 10 jun 2018, 10h00 - Publicado em 10 jun 2018, 10h00

Mentir em campanhas – e fora delas – é algo habitual no mundo político. Notícias falsas sempre existiram, só não eram difundidas com velocidade tão galopante quanto à patrocinada pelas redes sociais e muito menos tratadas como “fake”, palavrinha inglesa que conferiu certo charme à profusão de invencionices.

Mas tão grave quanto divulgar falsidades sobre o adversário é a prática de ludibrio ao eleitor, popularíssima entre nós. Mente-se descaradamente, sem qualquer pudor.

E contra isso não há salvaguarda. Do Tribunal Superior Eleitoral, que promete combate feroz contra as fake news, jamais se viu qualquer posicionamento sobre os sucessivos estelionatos eleitorais do passado e dos que já se anunciam por aí.

Revisitar discursos de campanha e de posse são úteis para ilustrar o descaso com o tal do povo que todos juram defender. Imperam generalidades, frases de efeito (não raro duvidoso) e convocações a lutas ficcionais que candidato algum vai travar. Pouco do que se diz é verdade e possível de ser feito. E quase nada vai além do dizer.

Alguns exemplos são didáticos. Fernando Collor se elegeu como caçador de marajás e era um califa entre eles. No final de seu primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso começou a entregar exatamente o oposto do que prometia para, assim, garantir sua reeleição. Luiz Inácio Lula da Silva foi ainda mais hábil: com discurso anti-elite assegurou seu lugar no banquete dos milionários. Lambuzou-se das delícias do poder, conseguiu se safar do mensalão, e, à la Al Capone, só acabou na cadeia por um crime menor.

Continua após a publicidade

Sua afilhada e sucessora Dilma Rousseff quase o venceu no quesito engodo. Em seu governo, enquanto o país se esfarelava em uma crise sem precedentes, ela insistia em lorotas esfuziantes sobre eliminação da miséria, pleno emprego e melhoria de renda.

Propalava a “fake reality”, algo em que o PT, Lula e os seus são experts.

Quer algo mais fake do que a candidatura Lula, lançada pelo PT na sexta-feira, com direito a leitura de um manifesto escrito pelo ex-presidente condenado e preso, e portanto impedido legalmente de disputar a eleição? Ilusionismo puro que o PT pretende manter diante dos fiéis enquanto desfia saídas na sacristia.

Continua após a publicidade

No manifesto, Lula renova o arsenal de interpretações particulares da História, referindo-se ao “golpe de 2016” e ao conluio de forças da mídia e do capital para impedir sua candidatura. Nada fala da escandalosa roubalheira e do fracasso de Dilma, limitando-se a citar datas dos mandatos do PT. E ilustra feitos com “fatos alternativos”.

No cerne de sua mensagem, Lula entoa a mesma falseta de Getúlio Vargas em sua carta-testamento: “Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes”. Parece não saber que os ardis getulistas têm sido desmascarados pela História, desmistificando o “pai dos pobres”, ele também um genial ilusionista.

Mary Zaidan é jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.