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E se Haddad, presidente da República, defendesse armar o povo?

Desmilitarizar o poder não será uma tarefa fácil

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 16 fev 2021, 08h07 - Publicado em 16 fev 2021, 08h00

Pense – não dói e nem lhe tomará tanto tempo. Goste ou não, faça de conta que Fernando Haddad, candidato do PT, derrotou Jair Bolsonaro e se elegeu presidente da República há dois anos.

Uma vez empossado, ele então passa a defender, com regularidade, o acesso dos brasileiros a armas. Faz isso em quartéis, em reuniões com auxiliares no Palácio do Planalto e até publicamente.

“Povo armado jamais será escravizado e evitará ditaduras”, justifica-se Haddad. E vai das palavras às ações: assina decretos para facilitar a venda de armas. Milicianos comemoram!

Se antes cada cidadão podia dispor de quatro armas, agora pode dispor de seis. Só em 2020, o número de novos registros de armas na Polícia Federal para cidadãos comuns cresceu 91%.

Dependia de autorização do Comando do Exército a compra de armas por caçadores, atiradores e colecionadores. Agora, só dependerá quando a compra exceder o limite de cada categoria.

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Como os militares reagiriam a isso? Assistiriam em silêncio a quebra do monopólio da força pelo Estado? Acreditariam nas boas intenções do presidente? Ou por ele ser de esquerda…

Por Haddad ser de esquerda, como eram os presidentes que o antecederam e governaram o país por pouco mais de 13 anos, os militares se oporiam decididamente à livre circulação de armas?

Ideologia acima de tudo, meu caro. Bolsonaro pode falar em armar o povo porque ele não representa uma ameaça aos militares, e nenhum fardado é de esquerda. Se existe um, desconhece-se.

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Sob o pretexto de combater a esquerda, armada ou desarmada, os militares já suprimiram muitas vezes a democracia no país – e, o pior, sempre sob a desculpa de preservá-la.

Fora do poder desde que a ditadura de 64 se esgotou depois de 21 anos, voltaram com Bolsonaro, ocupam milhares de cargos no governo e têm direito até a uma previdência social só para eles.

Compartilham as ideias de Bolsonaro – ou é Bolsonaro que compartilha as deles desde os seus tempos de quartéis, isso não faz grande diferença. Seduziram o capitão e foram seduzidos por ele.

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Empurraram Bolsonaro rampa acima do Planalto quando coagiram o Supremo Tribunal Federal em abril de 2018 a negar uma ação que impediria o ex-presidente Lula de ser preso.

Perguntas que não querem calar: o que farão em outubro do próximo ano se a eleição obrigar Bolsonaro a descer a rampa? O que farão até lá para que tal hipótese não se lhes apresente?

Costumam dizer que seu compromisso com a Constituição é inabalável. E que respeitarão o resultado das urnas a qualquer preço como têm feito. Tomara que seja verdade. A conferir.

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