O professor Carlos Alberto Decotelli levou uma forte pancada quando se descobriu que ele não era doutor pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, como informava seu currículo oficial divulgado no dia que foi nomeado ministro da Educação.
E antes que conseguisse se reequilibrar no cargo, levou uma segunda pancada igualmente forte ao se tornar pública a suspeita de que parte de sua tese de mestrado foi plagiada. A Fundação Getúlio Vargas, onde ele fez o mestrado, abriu inquérito a respeito.
Desde então está cai, não cai, segundo a edição mais recente do TAG REPORT, das jornalistas Helena Chagas e Lydia Medeiros. Os militares, de dentro e de fora do governo que apoiaram sua indicação, estão revoltados com o professor.
O padrinho da indicação, o ministro Paulo Guedes, da Economia, ficou constrangido. Conhecia Decotelli desde que os dois trabalharam juntos no mercado financeiro. Guedes queria ver pelas costas o ex-ministro Abraham Weintraub.
Filhos do presidente Jair Bolsonaro e deputados que compartilham suas ideias alimentam a esperança de derrubar Decotelli para pôr no seu lugar um nome mais afinado com eles. Acusam-no de tentar manter no ministério antigos aliados do PT.