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Por Coluna
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Como esfacelar um país

O método Bolsonaro

Por Mirian Guaraciaba
Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 20 ago 2019, 11h00

Jair Bolsonaro tem projeto de governo, sim: o desmonte de instituições e princípios sólidos que ameacem a ele e a sua família. Receita Federal, Policia Federal, Ibama, Ancine, Coaf, Direitos Humanos. E por ai vai …

Do seu alvo fazia parte Sergio Moro. Como escudo. O ex-juiz, de quem se conhece o método nada republicano de julgar petistas, especialmente o ex-presidente Lula da Silva, está virando suco.

Faz parte também do projeto Bolsonaro o iluminado (forte ironia aqui) Paulo Guedes, que aprovou a reforma da previdência, mas experimenta crise econômica sem precedentes. Há recessão global, ministro.

No Brasil, a saída de capital externo da Bolsa de Valores tem sido constante. Semana passada bateu recorde, foi a maior desde 1996, quando a Bolsa deu inicio à série que acompanha o fluxo de capitais externos. Superou, inclusive, a de 2008, ano de crise econômica mundial. Dólar sobe. Bolsa recua.

O desemprego continua como chaga sem cura, abatendo famílias, velhos, moços, e crianças. Dá imensa tristeza ver centenas de empresas demitindo, ou lojas fechando suas portas pelas ruas de todo o país.

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Disso Bolsonaro não fala. Está preocupado em proteger os filhotes. Nessa segunda, declarou guerra à Receita e à PF. O segundo homem da Receita foi exonerado, em meio a insatisfação generalizada de auditores fiscais. Será substituído por um conhecido da família.

Não se deve esquecer que os ministros do STF Dias Toffolli e Alexandre de Moraes contribuíram com o estilo Bolsonaro de demolição. Um, proibiu a investigação de 133 contribuintes com base em dados da Receita, outro determinou suspensão de processos em que dados bancários são compartilhados por órgãos de controle, COAF, por exemplo, sem autorização do judiciário. O de Flavio Bolsonaro, inclusive.

Como Moro não manda nada, nem como juiz, nem como ministro, assim ficou imune à investigação o filho 01. Um relatório do Coaf apontou estranha movimentação financeira de ex-assessor de Flávio, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Queiroz, o assessor, sumiu. Flavio segue, forte o suficiente para indicar o novo Procurador Geral da Republica.

No projeto de Bolsonaro, de aniquilação das instituições publicas, está a Policia Federal. Já há por lá um certo clima de revolta em meio a possíveis mudanças de nomes, também próximos a família Bolsonaro.  Moro também já não tem voz ativa por lá. Bolsonaro quer substituir Ricardo Saadi, descontente com certas investigações na  Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Seria Queiroz?

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Das metas de Bolsonaro, entre dezenas de retrocessos, está o aumento do desmatamento em beneficio de ruralistas, e a volta da maldita censura. O capitão, no seu melhor estilo desmiolado, agrediu os governos da Alemanha e Noruega, para anunciar seu desprezo pela contribuição dos dois países para a preservação da amazônia.

Quanto à censura, Bolsonaro mostrou-se, como sempre, preocupado com a tradição, família e propriedade (outra ironia), e avisou: nenhum filme que trate de “sexualidade” terá recursos da Ancine.   

Onde isso vai acabar?  Quando vai acabar? Como vai acabar? Impeachment? Renúncia? Quem souber, estará mentindo. A única certeza que se tem é que esse governo infernal não pode dar certo. Bolsonaro governa pelo retrovisor. Dono absoluto de seus podres poderes. Destruidor. 

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