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Cedar Walton, o compositor de standards do Jazz Messengers

MÚSICA

Por Flavio de Mattos
Atualizado em 30 jul 2020, 19h18 - Publicado em 22 nov 2019, 12h00

O pianista Cedar Walton (1934 – 2013) ficou conhecido no mundo do jazz como um dos integrantes da primeira formação da importante Jazz Messengers, a banda dirigida pelo baterista Art Blekey. Walton foi o autor de composições e arranjos que marcaram a carreira do Jazz Messengers, no momento mais brilhante da banda, que tinha ainda Freddie Hubard, no trompete e Wayne Shorter, no saxofone.

“Eu me sinto extremamente afortunado de ter vivido essa época do Jazz Messengers”, costumava contar Cedar Walton. “Estávamos ali, tocando e tínhamos na plateia Thelonious Monk, Art Blakey, Dizzy Gillespie e Erroll Garner. Até Miles Davis aparecia, de vez em quando para ouvir os Messengers. Músicos que eu ouvia nos discos.”

Nascido em Dallas, no Texas, Cedar Walton é filho da pianista clássica Ruth Walton, que foi sua primeira professora de música. Mas foi com ela, também, que o garoto teve seus contatos iniciais com o jazz. A mãe o levava aos concertos dos músicos que passavam pela Dallas natal. Ele pôde ver e ouvir Nat King Cole, Bud Powell, Thelonious Monk e Art Tatum, que Walton cita como suas maiores influências no piano.

Cedar Walton estudou composição e arranjo na Universidade de Denver, no Colorado. A princípio, sua ideia era estabelecer-se como professor de música no sistema público local. Mas o jazz o desviou desse destina, ao proporcionar-lhe tocar com John Coltrane, Charlie Parker e Richie Powell, em jam sessions, depois das apresentações desses músicos nos clubes de jazz, em Denver.

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O músico decidiu que teria de ira para Nova York, pois era lá que o jazz estava acontecendo. Cedar Walton deixou a universidade e mudou-se para a capital cultural dos Estados Unidos. Entre 1958 e 1961, ele tocou com Kenny Dorham, J.J. Johnson, com Art Farmer’s Jazztet, entre outros, até entrar para o Art Blakey’s Jazz Messengers.

Walton se havia especializado em tocar standards do jazz, nos grupos que em passou. Foi o pianista Thelonious Monk quem o incentivou a compor e apresentar suas peças. Falando entre os dentes, Monk lhe disse: “Deixa essa coisa de tocar standards, e toque as suas próprias ‘porcarias’” lembrava Walton. Essa conversa o levou a propor aos companheiros do Messengers a gravação de sua composição Mosaic, que se tornou um standard do jazz.

Cedar Walton emplacou várias outras composições suas, junto com o Jazz Messengers, que passaram a fazer parte do repertório do jazz. Entre elas, Ugetsu, Firm Roots e Cedar’s Blues. No vídeo a seguir temos o trio de Cedar Walton, com Pierre Michelot, no baixo e Billy Higgins, na bateria, na composição mais conhecida de Walton Bolívia.

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A peça foi gravada pela primeira vez em 1975, pelo  grupo de Walton àquela época, o Eastern Rebellion. Ela vale ser lembrada neste momento em que aquele país vive outra rebelião, depois do golpe que derrubou o governo de Evo Morales.

Flávio de Mattos é jornalista e escreve aqui sobre jazz a cada 15 dias. Dirigiu a Rádio Senado. Produz o programa Improviso – O Jazz do Brasil, que pode ser acessado no endereço: senado.leg.br/radio 

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