Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Bolsonaro foi ao Texas falar mal do Brasil

Outro vexame internacional

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h44 - Publicado em 17 Maio 2019, 07h00

O ex-capitão Jair Bolsonaro transgrediu uma lei universal respeitada por todos os chefes de Estado desde tempos imemoriais: o representante de uma Nação jamais fala mal dela e do seu povo. Internamente não fala porque, uma vez eleito, é obrigado a governar para todos. Muitos menos fala no exterior para não a desmerecer, nem ao povo que o elegeu.

Em Dallas, no Texas, onde foi receber um prêmio que se recusou a ir buscar em Nova Iorque com medo de ser hostilizado, Bolsonaro criticou seus antecessores, a esquerda, a imprensa e ironizou as manifestações de rua contra o corte de dinheiro para a Educação. Despediu-se com um novo slogan: “Brasil e Estados Unidos acima de tudo, Brasil acima de todos”.

Sobre a imprensa, disse: “Até hoje sofremos com a mídia brasileira. Até venho sempre dizendo à mídia brasileira: ‘Se vocês fossem isentos, já seria um grande sinalizador de que o Brasil poderia, sim, romper obstáculos e ocupar um lugar destaque no mundo’”. Depois insultou uma repórter que lhe perguntou sobre o que ele não queria responder. Lamentou que o jornal a tivesse contratado.

Sobre as manifestações, afirmou: “Ontem, vimos algumas capitais de estado com marchas pela educação, como se ela até o final do ano passado fosse uma maravilha. Temos um potencial humano fantástico, mas a esquerda entrou, infiltrou e tomou não só a imprensa brasileira, mas também grande parte das universidades e das escolas do ensino médio e fundamental “.

Sobre seus antecessores, declarou: “No Brasil, a política até há pouco era de antagonismo a países como Estados Unidos. Os senhores eram tratados como se fossem inimigos nossos. Agora, quem até há pouco ocupava o governo, teve [no passado] suas mãos manchadas de sangue na luta armada”. Referia-se à ex-presidente Dilma Rousseff.

Continua após a publicidade

Dilma fez parte de uma organização de esquerda que pegou em armas para derrubar a ditadura militar de 64 que Bolsonaro tanto defende, mas ela não participou de ações armadas, nem manchou suas mãos com sangue. A contrário do que ele disse, o Brasil sempre foi aliado dos Estados Unidos. Nenhum presidente o tratou como se fosse inimigo.

Quanto às manifestações contra o corte de verba para a Educação: elas não ocorreram como ele observou “em algumas capitais”, mas em todas as capitais. E em cidades de médio e pequeno porte no total de pouco mais de 220. Bolsonaro ainda comparou o Brasil a Israel, em desfavor do Brasil naturalmente. E, diante da bandeira americana, como é costume seu, perfilou-se e bateu continência.

Entre as tantas viagens que ele já fez desde que assumiu a presidência da República em janeiro último, esta foi de longe a mais desastrosa, inócua e desnecessária. Puro desperdício de dinheiro. Foi ele que escolheu Dallas como ambiente seguro para receber o prêmio de personalidade do ano conferido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, uma entidade privada e de pouca relevância.

O prêmio seria dividido com o Secretário de Estado americano Mike Pompeo, que não compareceu à homenagem. Mandou um assessor representá-lo. O prefeito de Dallas arranjou uma desculpa para não pôr os pés no local da cerimônia, uma sala acanhada de um centro comercial da cidade.  Para completar, o ex-presidente George Bush Jr. foi constrangido a receber Bolsonaro e a posar para fotos com ele.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.