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Aumentem a crise, senhores!

Suicídio à vista

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h58 - Publicado em 18 fev 2019, 07h00
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Ele sabe muito. E se contar um terço do que insinuou nas últimas 48 horas que possa contar, de fato o advogado Gustavo Bebianno, a essa altura possivelmente já demitido do cargo de ministro da Secretaria-Geral da presidência da República, causará severo estrago à imagem do presidente Jair Bolsonaro e do seu governo mal iniciado.

Mas nada capaz de antecipar o seu desfecho, e nem mesmo de comprometer o seu êxito no longo prazo. O que de fato poderá contribuir para o fim precoce da Era Bolsonaro é a ideia de jerico em exame pelo capitão e seus aguerridos garotos de largarem o PSL e irem se abrigar em outro partido de aluguel, a UDN.

A União Democrática Nacional (UDN) foi um partido fundado em abril de 1945 para fazer oposição às políticas e à figura de Getúlio Vargas. Era de orientação conservadora. Adotou como lema uma frase apócrifa de Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos Estados Unidos: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”.

O golpe militar de 1964 extinguiu todos os partidos – inclusive a UDN que o apoiou. Mas há uma UDN fake em formação, com CNPJ e pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral. Ela já tem diretórios em nove Estados e espera obter seu registro definitivo em breve. É um dos 75 partidos em fase de criação.

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Um dos seus principais dirigentes é o advogado Marco Vicenzo, que lidera o Movimento Direita Unida. Vicenzo mudou-se de Vitória para Brasília e está à caça de parlamentares dispostos a trocar de partido. A lei permite que um parlamentar eleito por um partido possa se transferir para outro – desde que seja uma legenda nova.

Para quem, como Bolsonaro, que não confere a mínima importância a partidos, e que já foi filiado a sete deles (PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e PSC) em 30 anos de vida pública, sair do PSL onde está e aderir à UDN fake seria tão simples como mudar de sapato – isso quando não se exibe de sandálias para fotos oficiais no Alvorada.

É aí que o bicho pode pegar. Quem está no PSL se elegeu pegando carona na boleia de Bolsonaro e com a promessa de apoiá-lo sem condições. Natural que essa gente se sinta abandonada. A relação de confiança entre o líder e os liderados será rompida. A maioria talvez não o acompanhe e se sinta liberada para votar como quiser.

E o dia seguinte? E como ficará a reforma da Previdência, a joia da coroa que Bolsonaro por enquanto lustra para apresentá-la ao Congresso? Ali, na Câmara dos Deputados, ele precisará de três quintos de um total de 513 votos para aprovar a reforma e tudo mais que implique em mudança na Constituição.

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Confiança é a base dos compromissos na política. A demissão de Bebianno era a prova que faltava para demonstrar que Bolsonaro só tem compromisso com seus garotos. No passado, ele foi capaz de eleger e reeleger vereadora no Rio sua primeira mulher. Para depois lançar Carlos como candidato só para derrotar a própria mãe.

Que ele experimente fugir do PSL para fazer de conta que nada teve a ver com os rolos do partido! Aí a crise não terá mais fim. 

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