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Ataques de Lewandowski e Gilmar a Moro e o pecado espanhol segundo Buñuel

Lava Jato na mira

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 30 jul 2020, 19h12 - Publicado em 18 jan 2020, 08h00

A nau de 2020, ano regido por Xangô (orixá guerreiro da justiça, segundo quem pratica e entende dos cultos afro-brasileiros), começa a navegar à todo pano em Brasília, por sobre as marolas no reino da deusa Têmis, divindade grega através da qual a justiça é definida, no sentido moral, como “o sentimento da verdade, da equidade e da humanidade, posto acima das paixões. Mas, a deduzir das recentes entrevistas dos ministros do STF Ricardo Lewandowski, no El País, e Gilmar Mendes, a Fernando Rodrigues (SBT), paixão (ou outra razão submersa qualquer) é o que não falta nos disparos que partem da casa da rainha de olhos vendados, contra a Lava Jato, o ministro Sérgio Moro e agora também, explicitamente, contra o que representam: o combate à corrupção (corruptos e corruptores) que prolifera como praga devastadora no Brasil. Talvez, a melhor síntese disso tudo, até aqui, esteja na resposta do ministro da corte suprema de justiça a uma das perguntas do editor de Poder em Foco: “Uma contribuição importante que o governo brasileiro deu ao sistema político institucional do País foi ter tirado Moro da Lava Jato. Eu não sei se foi uma boa opção para o juiz Moro”, disse Gilmar Mendes. Precisa desenhar?

Mas há também, nisso tudo que está aí, quem enxergue um que de surrealismo a lá Luis Buñuel, genial cineasta espanhol. Principalmente por trás dos novos bombardeios contra a mais ampla e relevante operação de combate à rapinagem do dinheiro público no Brasil – de efeito exemplar continental na América Latina – e à sua figura mais representativa: Sérgio Moro, o ex – juiz federal em Curitiba, e atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Único brasileiro incluído na relação de 50 Maiores Personalidades da Década, do jornal britânico Financial Times, destacado, em todas as pesquisas de opinião, no país, como o mais bem avaliado ministro do atual governo e figura política de maior bem querer e reconhecimento dos brasileiros. O que, sem dúvida, provoca reações e ciumeiras, fora e dentro do governo.

Vale destacar, aqui, o pensamento do imortal realizador de filmes nascido em Calanda (povoado perto de Saragoza), diretor de A Bela da Tarde e de outros filmes memoráveis, expresso no seu livro “Meu Último Suspiro”. No capítulo em que relaciona as coisas que gosta e as que tem ojeriza, Buñuel destaca que, dos pecados capitais, a inveja é o que mais detesta: “Os outros são pecados pessoais que não ofendem ninguém, a não ser a ira, em determinados casos. A inveja é o único pecado que conduz inevitavelmente à vontade de desejar a morte de outra pessoa cuja felicidade nos deixa infeliz.. A inveja é um pecado espanhol por excelência”, afirma o cineasta em seu livro de memórias. Há controvérsias, pode-se dizer, olhando bem os dias que correm e as coisas que são ditas e feitas deste lado de baixo da linha do Equador.

“Amaldiçoado seja aquele que pensar mal destas coisas”, diria aquele irônico viajante francês, de passagem pelo Eixo Monumental da capital do País, neste começo de década. Mas vale a pena ver o que dizem os dois ministros do STF nas referidas entrevistas, E depois refletir sobre as palavras do genial Buñuel.

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br 

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