A rota de fuga da candidatura a presidente do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles passa pelo nome do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, o agora banqueiro bem-sucedido Nelson Jobim. É isso o que se trama dentro do PMDB e sob a sombra do governo de Michel Temer, que a tudo assiste encantado.
Jobim nega de público que possa aceitar ser candidato. Está com a vida arrumada como diretor do Banco Pactual. Sua mulher é radicalmente contra a ideia. Mas a direção do PMDB aposta mesmo assim que ele acabaria cedendo se ela cedesse. Jobim agrada a esquerda e a direita. De Lula a Fernando Henrique Cardoso.
O vice de Jobim sairia de Minas Gerais. Fala-se com entusiasmo do empresário Josué Gomes, filho e herdeiro da fortuna do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar. Gomes é filiado ao PR do ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto. O partido encomendou uma pesquisa para testar as chances eleitorais de Gomes.
A candidatura de Jobim poderá ser a primeira flor do recesso de meio do ano do Congresso. Flor do recesso é alguma coisa atraente que brota durante as férias de deputados e senadores e que fenece com a volta deles ao batente. Mas este, por ser um ano eleitoral, será um recesso atípico. Tudo pode acontecer, inclusive nada.