Texto do dia 16/10/2014
Num dia qualquer de 1987, a bordo de um avião Bandeirantes, um reduzido grupo de jornalistas e de políticos acompanhou Abreu Sodré, então ministro das Relações Exteriores do governo Sarney, para a primeira viagem de um ministro brasileiro à Cuba depois do reatamento das relações diplomáticas entre os dois países.
Elas haviam sido cortadas um mês depois de instalada no Brasil a ditadura militar de 1964. E reatadas em 14 de junho de 1986.
Entre os políticos que voaram a Cuba, estavam os deputados federais Aécio Neves (PMDB) e Roberto D’ Ávila (PDT). Entre os jornalistas, eu, Boris Casoy, Luiz Recena, Carlos Chagas e Beatriz Tilman.
Ficamos pelo menos cinco dias em Havana. Foi tamanho o deslumbramento de Sodré, um político conservador, por Fidel que ele só o chamava de “Comandante”. E não parava de fotografá-lo.
– Fidel é um homem perigoso porque tem tal encanto pessoal que é bom a gente fugir dele – comentou Sodré ao retornar ao Brasil.
Foram três ou quatro encontros do ministro e de sua comitiva com Fidel. Em um deles, o deputado Aécio, por escolha do próprio Fidel, sentou-se ao seu lado para almoçar.
Apenas uma gafe marcou a viagem. Levado por Fidel para conhecer um gado de nobre linhagem, Sodré ficou pasmo diante de um exemplar.
– Que bela vaca – disse.
– Trata-se de um boi – respondeu Fidel.
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