Inverno: Revista em casa por 8,98/semana
Imagem Blog

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A instabilidade das urnas

A lei do voto impresso

Por Ruy Fabiano
Atualizado em 30 jul 2020, 20h18 - Publicado em 29 set 2018, 10h00

O fator desestabilizador destas eleições não está nos partidos, programas, candidatos ou eleitores, nem mesmo na temperatura elevada dos debates. Originou-se no Judiciário: TSE e STF.

A rejeição de ambos ao voto impresso – inicialmente a pretexto financeiro e por fim constitucional – colocou previamente em dúvida o resultado das eleições, via urnas eletrônicas. Antes de mais nada, porque os motivos expostos não convenceram.

A lei do voto impresso, alegada como inconstitucional – muito embora a Constituição não desça ao varejo da modalidade da votação -, não excluía o uso das urnas eletrônicas. Apenas estabelecia um meio de conferir eventuais dúvidas decorrentes da totalização dos votos. Uma segurança para o eleitor e para os candidatos.

Ao ser recusada, expôs o país a um sistema que não pode ser aferido – e, portanto, não oferece garantia. A Alemanha rejeitou as urnas pela simples (e essencial) razão de que provocava desconfiança no eleitor. Sendo as eleições o momento máximo da democracia, não podem, em hipótese alguma, provocar a mais remota suspeita.

Ao provocá-la, desacredita todo o processo. O comandante do Exército, general Villas-Boas, já mencionou preocupação a respeito.

Continua após a publicidade

Seja qual for o vencedor, disse ele, sua legitimidade dará margem a questionamentos. O assunto deveria, por isso mesmo, interessar a todos os candidatos, à direita ou à esquerda.

Uma das primeiras consequências dessa suspeição se dá antes mesmo do pleito. Questionam-se os números das pesquisas, sugerindo-se que estariam preparando o caminho para a construção prévia de um resultado que não corresponderia à realidade.

Mesmo supondo que tal raciocínio seria apenas teoria da conspiração, como sugere o presidente do STF, Dias Toffoli, não é sadio para o processo que se faça presente – e muito menos na escala em que se dá, que não é desprezível.

Continua após a publicidade

Os questionamentos não são aleatórios. Especialistas chancelam as dúvidas. Recente congresso da DefCon – o maior encontro mundial de hackers, em Los Angeles, EUA – demonstrou a vulnerabilidade desses equipamentos.

As urnas brasileiras foram violadas em pouco mais de uma hora. Sem o voto impresso – e nos termos inconvincentes em que foi recusado -, a suspeição se consolida. E gera efeitos preocupantes.

É mais um entre tantos outros fatores de instabilidade; permeia o processo eleitoral e trará consequências para além de sua conclusão. Não precisava ser assim. A menos, claro, que seja exatamente isso que se esteja querendo. Mas isso, claro, é teoria da conspiração.

Ruy Fabiano é jornalista 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.