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A eleição do Big Data e do caixa 10

Como serão pagos os marqueteiros que, em outros tempos, recebiam em contas no exterior?

Por Helena Chagas
12 abr 2018, 15h21

Brasil afora, os candidatos estão montando equipes, fazendo alianças, planejando concretamente a campanha. Se em 2010 os políticos começaram a usar mais intensamente a internet nas eleições, e em 2014 o fizeram num volume ainda maior, 2018 será a eleição do Big Data. E talvez a primeira em que a influência da web, dos aplicativos e dos mais variados recursos digitais rivalizará com a da televisão – ainda que especialistas e marqueteiros continuem apostando na TV como principal ferramenta.

Pode ser. Mas hoje algo em torno de 63% da população tem acesso à internet, e o número de celulares no país supera em muito o de habitantes. Sem um forte esquema digital, será difícil se eleger. Candidatos estão correndo atrás dos melhores especialistas do ramo, donos das mais modernas tecnologias para ganhar a atenção e o voto do eleitor – capturados a partir da capacidade inédita que hoje se tem de conhecer dados, perfis e preferências a partir dos cadastros que, legal ou ilegalmente, andam por aí.

Propaganda explícita e subliminar nas redes, aplicativos para coletar contribuições temáticas e financeiras, interatividade com o eleitor, mensagens customizadas, georeferenciamento para se aproximar de moradores de certas áreas… Vale tudo e mais alguma coisa que algum especialista que ainda vai aparecer trará do exterior.

Só que tudo isso custa caro. Não é um trabalho que se faz no fundo do quintal, com um bando de amadores de boa vontade. É preciso gente especializada, estrategistas, recursos e empresas capazes de prestar o serviço, sobretudo em campanhas majoritárias de presidente e governador. Nessas, não há espaço para vacilos, porque os concorrentes sempre estarão contratando profissionais. Quem vai pagar tudo isso?

Sabemos, de cara, quem não vai pagar: o fundo eleitoral dos partidos para financiar a eleição. Somado ao fundo partidário, serão quase R$ 2 bilhões, mas o chororô dos candidatos já começou. Para eles, esses recursos não dão nem para a saída, se tomados os valores gastos em eleições passadas e os orçamentos que estão sendo apresentados, incluindo TV e tecnologia digital.

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Como serão pagos os marqueteiros que, em outros tempos, recebiam em contas no exterior? E as modernas empresas de tecnologia digital, que em alguns casos podem até fazer apostas no mercado futuro, mas que, certamente, vão exigir numerário dos que não tem tanta chance assim de vencer?

É óbvio que, como sempre, haverá contribuições ilegais de campanha nesta primeira eleição geral feita após a proibição de doações empresariais a candidatos e partidos.

Quem está acompanhando o drama não tem dúvida disso. E acha que os métodos estão ficando tão sofisticados que se irá muito além do caixa 2, e até do caixa 3, aquele em que a empresa doadora escala uma outra para fazer o pagamento em seu lugar e depois acerta as contas com ela. As ideias andam tão criativas que o termo caixa 10 está sendo incorporado ao jargão eleitoral de 2018.

 

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