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A verdade por trás de manchetes falsas que se espalham pela internet. Editado por João Pedroso de Campos.
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‘Retrospectiva WhatsApp’ é golpe que circula no aplicativo de mensagens

Segundo laboratório de cibersegurança, golpe já atingiu 339.000 pessoas. Criminosos buscam lucrar com publicidade e, em alguns casos, pedem dados pessoais

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 dez 2018, 11h22 - Publicado em 20 dez 2018, 21h50

A “Retrospectiva WhatsApp 2018” que circula no aplicativo de mensagens é um golpe que já atingiu 339.000 pessoas em cerca de 16 horas, segundo o dfndr lab, laboratório criado pela PSafe e especializado em cibersegurança.

A mensagem diz o seguinte: “Pessoal, acabei de ver minha Retrospectiva 2018 que o WhatsApp liberou. Muito bom! Relembrei as fotos antigas, status e conversas. Veja a de vocês aí”. Abaixo do texto é indicado um link, que o leitor deve acessar para visualizar a tal retrospectiva.

print whatsapp
(Reprodução WhatsApp/Reprodução)

Depois de ir até o site, o leitor interessado no material é levado a clicar em “ver retrospectiva”. Em seguida, os criminosos dizem que “sua Retrospectiva foi criada com sucesso” e condicionam o acesso a ela ao compartilhamento do conteúdo a “todos os seus amigos e grupos do WhatsApp, para que eles também possam ver a retrospectiva deles”. “Após compartilhar sua retrospectiva aparecerá automaticamente”, afirma o site mal-intencionado.

Segundo o dfndr lab, o objetivo dos que criaram o golpe é ganhar dinheiro por meio de publicidade. Em alguns casos, ainda conforme o laboratório de cibersegurança, o conteúdo leva o internauta a páginas falsas que pedem dados pessoais.

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“Os cibercriminosos costumam utilizar datas relevantes como gancho para criar formas de enganar os usuários. Foi assim com Copa do Mundo, eleições, black friday, e agora com o fim do ano. Essa é uma das formas mais comuns de tentar dar credibilidade para o link que está sendo compartilhado e as pessoas precisam estar sempre atentas. Por isso é muito importante checar com as empresas se qualquer promoção, serviço ou ação de marketing de fato é verdadeira”, diz Emilio Simoni, diretor do dfndr lab.

Mesmo que o WhatsApp tivesse a ideia de mostrar a seus usuários uma “retrospectiva” de conversas, fotos e status durante o ano, não seria possível. As mensagens trocadas por meio do aplicativo de mensagens são criptografadas e os administradores do WhatsApp não têm acesso a elas.

Conteúdos de conversas não foram fornecidos pelo Facebook, que controla o aplicativo, nem mesmo quando a Justiça pediu acesso a mensagens no âmbito de investigações criminais. Nestes casos, o funcionamento do “zap” foi derrubado pelos magistrados. Em uma destas ocasiões, em março de 2016, o vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Jorge Dzodan, chegou a ser preso porque a rede social não havia compartilhado as informações do WhatsApp com os investigadores.

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