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Por Coluna
A verdade por trás de manchetes falsas que se espalham pela internet. Editado por João Pedroso de Campos.
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Droga parecida com doce é distribuída a crianças em escolas?

Lenda urbana surgida nos Estados Unidos em 2007 tem circulado no Brasil nos últimos dias. Polícias da Inglaterra e da Nova Zelândia já desmentiram o boato

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 fev 2018, 21h34 - Publicado em 15 fev 2018, 20h52

Tem sido compartilhado amplamente no WhatsApp nos últimos dias um boato com um alerta para a disseminação de uma “nova droga” no Brasil, que estaria sendo “entregue” a crianças em escolas. Segundo a corrente, trata-se de uma tal “strawberry quick” (morango rápido, em tradução livre), um tipo de metanfetamina na cor rosa, com cheiro de morango, parecida com aquelas balas que “estouram” na boca.

As crianças que a ingerem, adverte a lorota, “podem ser levadas para o hospital em estado grave”. Veja abaixo a mensagem, carregada com o alarmismo habitual dos boatos da internet e acompanhada de uma foto do que seria a “strawberry quick”:

(Reprodução/Reprodução)

A história de que a metanfetamina rosa com sabor de morango tem sido distribuída a crianças como se fosse doce não passa de uma lenda urbana. Ela surgiu nos Estados Unidos em 2007 – daí o pedido para que o texto seja compartilhado via e-mail, algo comum àquela época, mas raro em tempos de redes sociais e WhatsApp.

De lá para cá, a lorota rodou o mundo, iludiu incautos e foi desmentida por autoridades de pelo menos dois países em que viralizou: Inglaterra e Nova Zelândia.

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Em março de 2008, um policial recém-admitido em uma delegacia do distrito de West Oxfordshire, a cerca de 110 quilômetros de Londres, recebeu a notícia falsa em sua caixa de e-mail e, alarmado, tratou de informar a 80 escolas da região sobre a suposta distribuição da “strawberry quick” em seus portões. 

Dias depois, a própria polícia do distrito desmentiu o oficial, esclareceu que se tratava de um hoax (embuste, trote) da internet e se desculpou pela “preocupação desnecessária” causada pelo aviso. “Depois de verificar a sua veracidade, descobriu-se ser uma farsa e uma retratação foi emitida no dia seguinte. O oficial deveria ter verificado duas vezes antes de tomar esta ação, que ele fez com a melhor das intenções, e nós garantimos que este tipo de coisa não acontecerá novamente”, afirmou à ocasião o chefe da Polícia do Vale do Tâmisa, Dennis Evernden, segundo os portais da BBC e do jornal Daily Mail.

Em abril de 2014, já com as redes sociais a todo vapor, foi a polícia neozelandesa quem desmontou o boato. “A mensagem viral que alerta os pais a se conscientizarem sobre a metanfetamina com sabor nas escolas é uma farsa recorrente. A mensagem, disseminada tanto pelo correio eletrônico como pelas mídias sociais, sugere que a metanfetamina com sabor conhecida como ‘metano de morango’ ou ‘strawberry quick’ é distribuída nas escolas e confundida com doces, causando uma doença grave a quem a ingere”.

O consumo de drogas, inclusive dentro de escolas, é um problema do Brasil e de muitos outros países. Assim como na Inglaterra e na Nova Zelândia, no entanto, a versão brasileira da história sobre a distribuição de metanfetamina disfarçada de doce a crianças é uma lenda urbana, que não merece crédito.

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Agora você também pode colaborar com o Me Engana Que eu Posto no combate às notícias mentirosas da internet. Recebeu alguma informação que suspeita – ou tem certeza – ser falsa? Envie para o blog via WhatsApp, no número (11) 9 9967-9374.

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