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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Prefeito de Manaus faz pedidos a Mourão e diz que vai “começar a rezar”

Arthur Virgílio vê sepultamentos diários aumentarem de 30 para 122 e diz que apelará à fé. Não há leitos na cidade e ele vai recorrer ao vice-presidente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 set 2020, 12h14 - Publicado em 20 abr 2020, 13h35

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), preparou uma lista de problemas enfrentados na cidade com o avanço do coronavírus, a começar pelos casos da doença nas regiões mais pobres, assim como a falta de estrutura e leitos nos hospitais, de profissionais de saúde e, por fim, o aumento no número de sepultamentos em meio à pandemia.

O inventário de dificuldades existentes na capital do Amazonas será tema de uma reunião realizada nesta segunda (20) com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. “Tem muita gente morrendo em casa, insuficiência dos hospitais de atender. E uma coisa que eu quase nunca faço, mas estou começando a pensar em fazer é rezar”, diz.

À coluna, Arthur Virgílio Neto afirmou que vai suplicar ao vice-presidente que sejam entregues com urgência medicamentos e tomógrafos, além da contratação de médicos intensivistas, diante da gravidade da situação em Manaus. A reunião está marcada para esta tarde no Comando Militar da Amazônia. 

Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, divulgados neste domingo (19), o Amazonas já registrou 2.044 casos confirmados e 182 óbitos causados pelo coronavírus.

Aumento de sepultamentos

Em relação à cidade de Manaus, além da preocupação com a insuficiência de hospitais, o prefeito enfatizou à coluna o aumento no número de sepultamentos na cidade: segundo ele, a cidade saiu de uma média de 30 para 122 enterros em meio à crise gerada pelo coronavírus.

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“A região não estava preparada. Manaus não estava preparada para tudo isso. O coronavírus veio tomando conta como se fosse um exército romano invadindo uma outra cidade, um outro reino que estivesse com o seu pessoal dormindo. Não havia uma força que se contrapusesse ao corona”, afirma Arthur Virgílio.

Desde o início da pandemia, Manaus conseguiu utilizar somente a área de uma escola ainda não inaugurada para a criação de um hospital temporário. Até o momento, já foram instalados 55 leitos e 2 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para reforçar o sistema de saúde. 

Embora não seja atribuição da prefeitura atender casos de alta e média complexidade, Virgílio afirma que o objetivo é instalar, no total, 152 leitos e 28 UTIs. “Eu não vejo outra saída a não ser, ao invés de me antagonizar e ficar apontando defeitos, procurar trabalhar o máximo possível junto com o governador para resolvermos situações com rapidez”, disse o prefeito de Manaus.

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‘Presidente atrapalha’

Outra preocupação de Arthur Virgílio é a população mais velha. Segundo ele, a prefeitura conseguiu chegar a milhares de idosos, em regiões mais distantes de Manaus, para aplicar a vacina contra a gripe Influenza e resguardar a saúde dessa parte da população. 

“Fomos nos rios, nos locais ermos, fomos buscar as pessoas. São viagens que saem caras, do ponto de vista econômico, mas são baratas quando a gente sabe que preservou uma vida, para reforçar a resistência imunológica de alguém”, explica o prefeito.

Para o político amazonense, a postura do presidente Jair Bolsonaro desmobiliza a população em relação à necessidade de isolamento social. “Seria de bom tom que o presidente parasse com essas aglomerações por razões sanitárias. E parasse com as digressões sobre autoritarismo porque a ditadura não era melhor coisa alguma”, declarou o prefeito ao citar a presença de Bolsonaro em manifestações realizadas neste domingo (19) que pediram intervenção militar. 

Para Arthur Virgílio, o novo ministro da Saúde deve tentar puxar o presidente para uma postura mais razoável em relação às medidas de combate à doença. “Presidente também desmobiliza muito na medida em que ele chama pra rua as pessoas”. 

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