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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Ônus das mortes pela Covid-19 preocupa Exército 

Manutenção do general apenas como interino na Saúde foi a saída encontrada para evitar que a imagem da força saia arranhada na pandemia

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jun 2020, 12h04 - Publicado em 14 jun 2020, 11h06

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, ainda não foi efetivado no cargo mais importante do governo federal em meio à pandemia porque o Exército não quer o ônus das mortes pela Covid-19. A informação foi confirmada à coluna por oficiais da força armada terrestre. Por isso, o general permanece interino, apesar da atuação dele nos últimos 29 dias ter sido aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Como na hierarquia de um quartel, onde a ordem do comandante é seguida à risca, Pazzuelo emplacou na política pública brasileira, à revelia da ciência, o que Bolsonaro mais desejava durante a pandemia. Ampliou a recomendação do uso da cloroquina por pacientes do coronavírus, mesmo sem a comprovação científica de eficácia do medicamento, produzido em larga escala pelo próprio Exército.

Após isso, tentou maquiar os dados da doença que tem avançado assustadoramente no Brasil. Assim, diminuiria artificialmente o número de mortos pelo coronavírus e evitaria um estrago ainda maior na imagem do governo. A ideia foi impedida por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a divulgação dos dados acumulados relacionadas à Covid-19 no portal do Ministério da Saúde. 

À medida que cresce o entendimento na sociedade de que a postura negacionista de Bolsonaro está errada, inclusive no que diz respeito aos impactos econômicos – hoje o Brasil está isolado na comunidade internacional -, manter o general da ativa à frente da pasta, apenas interinamente, aliviaria o peso sobre o Exército e deixaria a maior responsabilidade no presidente. Ao menos no raciocínio desses oficiais.

De fato, até agora não se notou uma queda na alta aprovação dos militares na sociedade, conquistada pelo Exército, Marinha e Aeronáutica com o cumprimento fiel do seu papel constitucional após a redemocratização. A simbiose entre o governo Bolsonaro e as Forças Armadas começa a preocupar, contudo. Daí, o temor no Exército com a efetivação de Eduardo Pazzuello no Ministério da Saúde.

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