O pedido de casamento do senador mais bem avaliado do país (vídeo)
Ao som de Ivete Sangalo, Randolfe Rodrigues traz oxigênio para pesada Brasília dos últimos tempos
Mais bem avaliado senador brasileiro em atividade segundo votação popular do tradicional Prêmio Congresso em Foco, Randolfe Rodrigues não só foi ordenado cavaleiro ao receber a comenda Légion d’Honneur, a maior distinção francesa, mas surpreendeu na recepção que deu a amigos próximos ao pedir a advogada Priscila Barbosa em casamento.
Tudo aconteceu nesta segunda-feira, 6.
Se eu tivesse o talento do saudoso Jorge Bastos Moreno, saberia descrever com maestria a singela cena do pedido de casamento. Simples como é o senador amapaense, Randolfe pediu para um assessor tocar no piano a música “Vem meu amor”, de Ivete Sangalo.
E foi cantando justamente esta parte: “Vem meu amor, me tirar da solidão”, que o senador surpreendeu Priscila Barbosa – e boa parte dos convidados – puxando ela para perto e entregando uma bela aliança de casamento. Priscila, surpresa, aceitou.
E os convidados – entre eles, a atriz Elizabeth Savalla e a empresária Paula Lavigne – se deixaram contagiar pela felicidade do futuro casal. Aliás, que companhias agradáveis, as duas. Claramente, um dos Brasis que deu certo.
Mas, voltando ao pedido de casamento… Não houve ensaio, e o assessor de Randolfe que rascunhou no piano só sabia tocar esta única música. Aparentemente, comprou o instrumento há 10 dias numa promoção, mas não se intimidou diante da plateia mais que qualificada.
Os pais do noivo e os da noiva abençoaram o casal na frente de todos, enquanto o mestre e incansável jornalista Gerson Camarotti chegava para trabalhar mais um pouco. Aparece no ar o dia inteiro, na Globo, e está sempre no lugar certo.
O pedido de casamento chama atenção política e é notícia por dois motivos. Primeiro, não é comum esse tipo de simplicidade na política de Brasília. Os pedidos de casamento de parlamentares costumam ser pomposos e cheios de ensaio para “inglês” e a nata política verem.
Não foi o caso deste momento de Randolfe e Priscila.
Depois, não é qualquer dia que se ganha a maior honraria da França, e uma das condecorações mais famosas do mundo, mas mantém-se a simplicidade.
Como a coluna mostrou, o político dedicou a honraria, instituída por Napoleão Bonaparte em 1802, aos povos originários e às vítimas da Covid-19. Procurou as dores do nosso tempo para entregar, de coração aberto, a homenagem recebida do presidente Emmanuel Macron.
Nas rodas de conversa da recepção por conta honraria, se falava que, após a bem sucedida participação do senador na CPI da Covid-19, uma candidatura presidencial seria perfeita. O ideal.
Em uma campanha que promete ser sanguinária, e ainda mais polarizada que em 2018, a participação de um político comprometido com o meio ambiente e os povos indígenas, pauta esquecida pelos outros pré-candidatos, seria excelente para o país.
Isso sem contar o oxigênio e a leveza que o mais novo noivo de Brasília traria para o pleito. Basta a Rede, partido do senador, querer de fato participar do debate político brasileiro.